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Pede!

            Meu coração está se animando cada vez mais, pois parece que está havendo um retorno a uma das principais atividades da igreja primitiva; isto é a oração. Recebo regularmente comunicações de várias pessoas e denominações que incentivam um retorno a estes princípios. Muitos exemplos de homens de oração do passado e os resultados conquistados são citados. Se a Igreja no mundo hoje se adere a estes princípios grandes coisas hão de acontecer.

Um simples fato é que a Igreja não pode existir da forma que Deus quer e poder influenciar o mundo adequadamente, sendo uma força que direciona a sociedade, sem que Ela esteja muito dedicada à oração. A Palavra de Deus comprova isto, bem como a história dos últimos 200 a 300 anos. Se a Igreja estiver mesmo voltando às suas raízes de origem, podemos então esperar que Deus mova poderosamente nestes últimos dias antes da sua vinda. Quem sabe, moverá de uma maneira sem precedentes, no intuito de preparar uma Igreja para Seu retorno. No entanto, isto pode acontecer somente se a Igreja buscar a Deus de uma maneira também sem precedentes. A Igreja não pode influenciar o mundo sem que esteja completamente cheia do Espírito Santo. O problema é que muitos, senão a maioria dos que se aliam à igreja, ainda andam de acordo com princípios carnais. A pergunta que cada crente deve fazer para si mesmo é; se ele continuará sendo uma parte do problema ou uma parte da solução. Para ser uma parte da solução é necessário aprender orar de um modo aceitável ao Senhor. Vamos analisar este estilo de oração:

            ... Nada tendes, porque não pedis; pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres.” (Tiago 4:2-3)

            Tiago, movido pelo Espírito Santo, começa seu discurso por dizer que: “... nada tendes, porque não pedis...” Sei que você poderia contestar esta declarção, pois parece que pede. No entanto é necessário reconhecer que precisamos pedir especificamente. No modelo de oração que Jesus nos deu Ele enfatizou para orar pedindo que a vontade de Deus fosse feita na terra da mesma forma que é feita no céu. É isto que você quer ou só quer o que você acha melhor? Se não queremos insistir em nossa vontade, precisamos fazer um prefácio a cada oração que invoca a vontade de Deus. Paulo declara em Romanos 8:26 que não sabemos orar como devemos e portanto precisamos o auxílio do Espírito Santo. Assim entendemos que não é possível orar efetivamente a não ser que estejamos cheios do Espírito Santo. Nisto, então, precisamos seguir o conselho de Paulo quando disse; “Enchei-vos do Espírito...” (Efésios 5:18) Desta forma poderemos sempre orar de acordo com a vontade de Deus. O segredo é ser guiado pelo Espírito (Romanos 8:14) e assim pedir o que Deus já predeterminou que resultará em uma oração respondida. A especificação é também em evidência quando pedimos o perdão de nossos pecados (sempre dentro da vontade de Deus), e a providência divina de necessidades pessoais, como o pão de cada dia.

Também o orar para a salvação e resgate das almas do poder do pecado é sempre dentro da vontade de Deus. Mas, é importante se lembrar que estes pedidos devem ser feitos especificamente, chamando as pessoas por nome diante de Deus, e também, a medida do possível, mencionando o que impede a pessoa de se submeter a Deus, orando contra vaidades, preconceitos religiosos, vícios, atos de imoralidade e etc. Um dos problemas de muitos que oram, todavia com sinceridade, e que oram de forma generalizada. É necessário orar especificamente para ser atendido.

            A próxima colocação de Tiago é que o pedido é feito e não atendido. Isto acaba desanimando o pedinte ao ponto de desistir de orar, de pedir, sem analisar a razão pelo não atendimento. Nestas alturas, precisamos seguir mais uma vez o conselho de Paulo: Examine-se, pois, o homem a si mesmo...” (I Coríntios 11:28) Por que isto precisa ser feito? Porque normalmente os problemas estão dentro de nós, e nunca jamais em Deus.

            Em terceiro lugar Tiago acusa diretamente e bate bem no coração do problema quando disse: porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres.” Esta acusação dói, mas Deus sabe o intento de nossos corações e a real razão de nossos pedidos. Não é possível enganar a Deus com palavras sútis, pois Ele vê e sonda até às profundezas do coração. É necessário que estejamos livres de toda malícia, egoísmo, vanglória e outras coisas tais. Nossos motivos precisam ser puros, absolutamente puros. È necessário que pedimos o que glorificará a Deus e não a nós, o que há de beneficiar pessoas sem Deus ou que necessitam uma providência divina. Não devemos orar com o intuito de sermos beneficiados pessoalmente de alguma forma, mas orar com a mentalidade de como Deus seria honrado, caso respondesse nosso pedido.

            João, o amado do Senhor, e um dos mais próximos Dele, tendo um relacionamento muito chegado, declara três vezes no seu livro que aquilo que pedimos em o nome do Senhor será nos dado (João 14, 15 e 16) Só precisamos nos certificar que podemos realmente pedir em o Nome Dele. Veja a promessa: “E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.” (João 14:13-14)

            Vamos começar orar como Deus quer, e certamente veremos a glória de Deus ainda em nossos dias, avivamento em nossas igrejas, a salvação de nossos familiares, igrejas abarrotadas e até os baluartes do inferno sacudidos com estas orações poderosas. Vamos! Deus só espera ouvir de nós. Não deixa de pedir, e pedir de acordo com a vontade do Senhor. Que suba ao Senhor poderosas orações de todos os cantos do mundo como as que  subiram de Nínive, que fez Deus desistir de destruir a cidade. Vamos nos encontrar diante do trono de Deus diariamente!

Philip D, Walmer