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Dispensações 2

Número 2

 

            A morte de Jesus Cristo iniciou a sexta dispensação, a qual continua em efeito até o presente momento. Esta dispensação é comumente conhecida como a "Dispensação da Graça", pois é deste calvário e a morte de Jesus Cristo que viemos a conhecer a graça de Deus. Nenhuma das dispensações teve um tempo determinado, e provavelmente esta é a mais comprida de todas. A sétima, e última que está por vir é a do milênio. Um estudo mais profundo das dispensações revela fatos curiosos, bem como servir de corrigir erros de crença que existem no meio evangélico.

            Um destes erros surgiu recentemente e fez com que eu me senti obrigado abordar este assunto das dispensações que ajuda tremendamente em esclarecer a atuação de Deus com as gerações de seres humanos. O que acontece frequentemente é que alguém sem o conhecimento necessário da Palavra de Deus faz uma declaração em algum estudo bíblico ou pregação e todos aceitam aquilo como sendo a verdade. Gosto muito a declaração em Atos 17:11: "Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim." Haveria muito menos erros sendo largamente propagados se todos fossem nobres como estes da cidade de Beréia. Estes receberam a pregação da Palavra com muita avidez (apetite, voracidade), no entanto... eles não aceitaram tudo sem primeiramente examinar as Escrituras, que mostrariam se tudo que os Apóstolos pregavam era de fato a verdade. Oxalá que todos fizessem assim hoje em dia. Eu nunca me incomodei com pessoas que folhearam suas Bíblias durante meus estudos e pregações. Eu queria, de fato, que eles assim atuassem, pois eu não pregava minhas próprias crenças, mas as doutrinas que poderiam ser verificadas em todas as Escrituras.

            O assunto que me chamou a atenção recentemente foi a declaração de alguém que disse que o dízimo era da época da lei e, portanto, não é mais um requerimento de quem serve a Deus e não é mais aplicável à igreja nesta dispensação. Nisto ele errou redondamente, como todos que assim declaram, pois o dízimo era uma prática dos que temiam a Deus muito antes da lei ser dada a Moisés no monte de Sinai. De fato, entre 650 a 700 anos antes de Israel receber a lei que governaria este povo escolhido, Abraão já pagava dízimos. O escritor do Livro aos Hebreus 7:1-10 aborda este assunto e mostra para todas as gerações por vir que Deus instituiu esta prática. É também de presumir que esta prática precedia até Abraão.

            Confesso que fico muito triste com qualquer um que procura achar nas Escrituras razões legítimas para não pagar um dízimo para sustentar a obra de Deus. Fico mais triste ainda que alguém se colocasse em situação de perigo eterno por não cooperar com Deus, de não agradar a Deus com pelo menos um valor simbólico de gratidão a Ele por ter providenciado meios de salvação e livramento da justa recompensa por seus próprios pecados.

Philip D. Walmer