>
 

Dispensações 4

Número 4

 

                "Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes." (II Timóteo 3:1-5) Parece que o Apóstolo Paulo, ao tomar caneta em mão para escrever a passagem acima, teve poder pelo Espírito Santo para ver os dias atuais que vivemos.

            Nesta Dispensação de Graça é notável que haja uma tendência da parte de alguns, talvez de muitos, para abusar da graça oferecida por Deus após reclamar da severidade das leis e regras da Dispensação da Lei. Em vez de aproveitar a graça de Deus e viver de maneira agradável a Ele, andam em desobediência cada vez maior, esnobando abertamente a Deus apesar de Ele ter em muitos casos os libertado das consequências do pecado.

            Quero levar sua atenção à parte da passagem acima que diz que "nos últimos dias... homens serão... ingratos". Continuo falando do assunto dos dízimos dos devocionais anteriores. Alguns erroneamente alegam que o dízimo era exclusivamente da Dispensação da Lei. Mostrei em devocional anterior que Abraão dava dízimo de 650 - 700 anos antes de a Lei ser dada a Moisés. Agora vamos considerar o que acontece nos dias atuais que motivou Paulo a escrever e advertir todos acerca da ingratidão que seria a atitude comum.

            Recordo-me de um irmão da igreja que me relatou um pouco acerca de um colega de trabalho dele. Os dois atuavam no mesmo posto de trabalho e ganhavam o mesmo três salários mínimos, que não era assim tão mal considerando que era para trabalhos que não exigiam treinamento específico. Este colega sempre reclamava que seu salário era insuficiente para viver. Com estas queixas constantes, o irmão começou cuidar discretamente a vida do seu colega. Ele descobriu que ele fumava certa quantidade de cigarros por dia, comprava o jornal na banca todos os dias, tomava um caipirinha todos os dias ao sair do trabalho e pelo menos uma vez por semana comprava bilhete de loteria. Somando estes gastos mensais ele chegou a conclusão que o colega gastava nada menos de um salário mínimo por mês nestas coisas supérfluas.

            Além do mais o colega teve a petulância de criticar o irmão por que ele dava um dízimo à igreja, isto é, a obra do Senhor. O irmão anteriormente foi liberto dos hábitos nocivos do seu colega, não tomava bebidas alcoólicas e nem fumava, ambos que provadamente fazem mal à saúde. Além de dá um dízimo a igreja, preservar a saúde por não participar dos vícios nocivos, ele mostrava mensalmente sua gratidão a Deus por ter o libertado do pecado, assim sendo, como Davi, tornou-se um homem segundo o coração de Deus.

            Por ser dizimista qualquer um se coloca em posição diante de Deus para ser cada vez mais abençoado. Por demonstrar sua gratidão ele agrada a Deus. Por ser dizimista ele está plantando semente para produzir futuramente, seja na vida atual ou na vida celestial que todos almejam alcançar.

            Sim, as dispensações mudaram ao longo dos milênios, porém Deus ainda procura ver nos seus súditos a gratidão mostrada, não apenas por palavras, mas também por via de dízimos e ofertas de várias formas. Seja fiel nisto e Deus lhe abençoará com plenitude em tudo material e espiritual.

Philip D. Walmer