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Boas Obras

 

            "Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel. Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima." (Hebreus 10:23-25)

            Existe no mundo de hoje entre a grande maioria dos seus habitantes uma tremenda tendência ao egoísmo. Isto é, cada um pensa apenas em si mesmo e o que é bom para ele mesmo. Os muitos divórcios se geram desta atitude. Cada um pensa: "você me deve isto, aquilo e ainda mais, e não estou mais satisfeito com nossa união, pois você não me dá o que eu quero." São os falsos pregadores de hoje que andam pregando que Deus deve a cada cidadão o bem e melhor do mundo... de casas, carros, contas bancárias e uma felicidade totalmente inabalável. A realidade demonstra que isto não é a realidade. O ruim é que quando tudo não acontece como prometido por estes charlatões, a frustração vem, primeiramente para com Deus que depois se alastra às demais pessoas em volta, inclusive familiares e amigos. Parece que não existe mais o espírito do Bom Samaritano, que interrompeu sua viagem, usou suas próprias provisões para ministrar a necessidade de um cidadão que em outras circunstâncias teria o desprezado por considerá-lo de raça inferior. Em vez de andar sobre seu animal de carga, ele pôs o ferido nele e andou a pé. Chegando a uma hospedaria, pagou as despesas por um bom tempo e ainda disse ao hospedeiro que caso o dinheiro não fosse suficiente, pagaria o restante ao retornar por aquele caminho. Assim Jesus ensinou claramente a todos quem na verdade é o nosso próximo.

            O escritor do Livro aos Hebreus, vendo os dias maus e difíceis que já chegaram para perturbar a paz dos membros da igreja deu instruções aos demais leitores assim:

♦   Guarda firme a confissão da esperança da volta do Senhor.

♦   Faça isto sem vacilar (não mudando de um dia para outro).

         Ele fez todos se lembrarem da fidelidade do Senhor e que foi Ele que prometeu voltar e não algum homem. E assim prosseguiu com mais admoestações:

♦   O bom cristão deve considerar sempre os outros e o bem-estar deles. Foi isto que Cristo fez em favor do todos os moradores da terra ao morrer para livrá-los das consequências do pecado. Ele fez e sofreu, tanto para os que viviam antes como para todos que viveriam depois. Ele ensinou que o dever é de considerar aos outros antes de si mesmo. Os apóstolos assim faziam também, seguindo nos passos do seu Mestre.

♦   Disse ainda que devemos estimular (outra versão da Bíblia usa a palavra provocar no lugar de estimular) ao amor. Parece hoje que em vez disto pessoas estão sendo provocadas à ira, contendas e desavenças, obras que não são da vontade de Deus para seus filhos.

♦   Deve também estimular para boas obras, assunto muito grande, porém quem tem o Espírito Santo logo será guiado para efetuar isto em todo lugar.

♦  O escritor do livro encoraja todos para não deixar de frequentar os cultos (costume que estava se tornando comum), participar das orações em conjunto como os discípulos do primeiro século da igreja faziam. Este estímulo, de acordo com o escritor, deve ser cada vez mais presente enquanto vemos o arrebatamento da Igreja sendo mais e mais evidente.

Philip D. Walmer