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Deus, Use-me!

 

            Não há dúvida que é beneficial e correto orar e pedir a Deus para abençoar outros, inclusive nosso pastor e outros líderes da igreja. No entanto, deveria existir dentro cada um o desejo de ser usado por Deus de qualquer maneira que seja agradável a Ele. Cada pessoa salva e transformada por Deus deve desejar de alguma forma deixar Deus usá-la para que ela possa expressar a gratidão por ser servo de Deus e útil no trabalho do Seu Reino. Sua oração deve ser... Deus, use-me! Eu também quero ser usado por ti, Senhor!

            Jesus não chamou seus discípulos somente para acompanhá-Lo, testemunhar os milagres e prodígios e aplaudir Seus grandes feitos. Ele queria os ensinar e preparar para também fazer as mesmas obras pelo poder que Ele derramaria posteriormente sobre eles e por meio do poder do Seu nome. Ele deu aos doze discípulos e posteriormente para outros setenta, um gostinho do que poderiam fazer após descer sobre eles o Espírito Santo. Após sair com a autoridade de Jesus e experimentar o poder do nome Dele, eles voltaram eufóricos com os resultados. "Então, regressaram os setenta, possuídos de alegria, dizendo: Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome!" (Lucas 10:17)

            Da mesma forma, os membros todos de cada congregação devem almejar ser usado por Deus. Ainda mais, digo, aos ministros do Evangelho devem libertar os membros da congregação que pastoreiam, para que eles possam trabalhar, sem pensar no crédito que outro receberia. Os líderes tem a obrigação reconhecer que sozinhos eles não podem fazer toda a obra que a igreja deve fazer na comunidade onde se estabeleceu.

            A obra de evangelização ordenada por Jesus em Marcos 16:14-18 não foi entregue com exclusividade para os doze discípulos. Os "aqueles" do versículo 17 não se refere apenas para os doze discípulos, todavia a todos "que crêem em meu nome..." Isto inclui todos que ocupam os assentos do templo religioso semana após semana. Imagine o tamanho da obra que poderia ser feito, se os ministros libertassem todos para fazer a obra do Senhor. Imagine o que poderia ser efetuado para o Reino de Deus se todos almejassem trabalhar e buscassem o poder do alto para fazer regularmente o que Jesus prometeu em Marcos 16:17-18: "Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados."

            Veja o que aconteceu na era da Igreja primitiva. Grande perseguição recaiu sobre a Igreja após a morte de Estevão e: "Naquele dia, levantou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém; e todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria." (Atos 9:1) Nota que todos fugiram de Jerusalém, menos os doze apóstolos, que permaneceram na cidade. Torna-se claro que toda a obra de evangelização que foi efetuada nas províncias de Judeia e Samaria foi por intermédio dos leigos cheios do poder do Espírito Santo. Chegando ao capítulo nove descobrimos que o evangelho já havia chegado até a distante cidade de Damasco, tendo chegado por intermédio dos membros da Igreja e não necessariamente por ministros.

            Pede para ser usado por Deus e verá o que Deus pode fazer por intermédio de um membro da igreja que provavelmente jamais chegará a possuir carteira ministerial.

            Philip D. Walmer