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O Dízimo 9

Número 9

 

            No final de todos os Evangelhos a morte, sepultamento e ressurreição de Jesus foram registrados. Depois, momentos antes de ser assunto aos céus, Jesus deu uma ordem de grande importância para os discípulos de todas as gerações que seguiriam. "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações..." (Mateus 28:19) "E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. (Marcos 16:15)

            Eles cumpriram esta ordem nos seus dias, indo até os lugares mais distantes e remotos. Porém, eles jamais poderiam ter feito isto sem o sustento financeiro da igreja estática e permanente, pois eles não podiam mais exercer suas profissões para poder sustentar si mesmos e de suas famílias. Eis o grande valor de um financiamento estável da igreja que vem por via dos dízimos, ofertas e demais contribuições da parte dos membros. Foi, assim, uma obra coletiva que beneficiava a própria obra da igreja que era a evangelização do mundo. Ninguém ficou rico, pois tiveram apenas suas necessidades providenciadas. O apóstolo Paulo abraçou a fé, abandonando uma profissão que poderia o ter deixado bem de vida. Sabemos por via de suas palavras que havia vezes em que passou necessidade: "Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez..." Depois desta declaração, Paulo escreveu as palavras que tanto gostamos de citar: "tudo posso naquele que me fortalece." (Filipenses 4:12-13)

            Paulo sofreu todas estas coisas, contudo, confiava na fidelidade dos irmãos de fé para lhe alcançar os recursos necessários para sua sustentação. Assim ele foi o missionário aos gentios, indo para lugares distantes entre povos idólatras e estabelecendo igrejas por toda parte, que na sua vez repetia as mesmas façanhas, ao ponto de ser dito que o mundo foi virado de cabeça para baixo com a pregação do Evangelho. Oxalá que isto pudesse ser dito da Igreja de hoje. Em vez disto, enquanto muitos ditos evangélicos buscam as riquezas e bens materiais, os islâmicos estão enchendo o mundo com extremismo, e matam cristãos pelas centenas, ou quem sabe milhares.

            Não pensa que Paulo andou de graça nas embarcações. Pagava passagens da mesma forma que a gente pagaria hoje para andar de trem, de ônibus, ou de carro próprio. Quando um evangelista ou professor bíblico visita sua igreja para ministrar, todo o custo da sua viagem dele deve ser pago; e não apenas o combustível, pois há gastos de pneus e outros componentes do carro que terão de ser repostos mais tarde ou mais cedo. Estas pessoas devem ter suas refeições custeadas, e no fim do trabalho deve receber honorários pelo trabalho que fez. Veja o que a Bíblia fala neste sentido: "Não atarás a boca ao boi quando debulha." (Deuteronômio 25:4) Obviamente Paulo sofreu criticas por receber sustento das igrejas, portanto escreveu a passagem de I Coríntios 9:1-10, referindo-se a passagem acima citada. Sugiro aos que opõem às contribuições para o sustento de pastores, evangelistas, obreiros e etc., uma leitura cuidadosa desta passagem. O entendimento deste princípio, bem como a sua prática fiel pode resultar na evangelização que Jesus queria, grandes bênçãos no mundo presente e um galardão no porvir pelo fiel cooperador.

            O evangelismo do mundo ordenado por Deus só pode ser efetuado quando os membros da Igreja são fieis nas suas contribuições, inclusive seus dízimos.

Philip D. Walmer