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O Dízimo 11

Número 11

 

                Neste artigo quero abordar o assunto que perturba muita gente, e isto é o que deve de ser a atitude de um membro que desconfia que suas contribuições não estejam sendo usadas de forma correta. Isto é um assunto muito delicado, e caso não seja tratado de maneira correta, pode destruir um ministro, membros da congregação, bem com a igreja. Isto resulta em uma perda para a cidade e os perdidos que poderiam eventualmente ser salvos por intermédio da igreja e seus membros.

            Em primeiro lugar, o membro deve entender que seu dízimo não é dado ao pastor da igreja. Diante de Deus, o dízimo foi dado a Ele. Uma vez entregado devidamente, o dízimo não mais pertence a quem entregou. Contudo, é dado a Deus, a Casa do Tesouro, à igreja e aos que têm o encargo de cuidar devidamente estes recursos. Se as contribuições não sejam usadas corretamente, o dizimista não é o culpado e nem Deus. Embora que o dízimo seja do suor do fiel membro, ele não tem mais controle sobre ele.

            Alguns anos atrás após visitar uma determinada cidade durante nossas viagens em prol de missões, descobri que a igreja original da cidade fechou e foi justamente a igreja onde um parente meu assistiu durante alguns anos. Quando esta pessoa soube do fechamento da igreja, ela começou lamentar e dizer que todo o trabalho, dízimos pagos, ofertas, vendas da cantina e etc. foi uma perda total. Rapidamente, e por inspiração do Espírito Santo eu respondi que isto não era a verdade, pois tudo que foi feito pelos membros era obra sincera, honesta e dada a Deus. Salientei que Deus notou os trabalhos de todos e de forma alguma permitiria que eles perdessem seu galardão e recompensa pela falha de outros, pois fizeram para Deus.

            Reconheço que há vezes em que os recursos são desperdiçados e outras vezes em que a ganância reina no coração do administrador da igreja, fazendo com que ele se acha dono de tudo e especialmente de todos os dízimos. Isto jamais foi o plano de Deus. Todos os recursos, sejam em produtos alimentícios, ou dinheiro que foram entregados aos levitas, era para o uso da manutenção do Tabernáculo ou Templo e os que davam seu tempo aos serviços deles. Jamais foram para o uso exclusivo do Sumo Sacerdote.

            É a minha opinião que toda igreja de porte suficiente deve de ter uma diretoria que estabelece as prioridades da igreja e de como os recursos deve ser aplicados. Esta diretoria pode e deve de ter o direito de determinar um valor para ser recebido pelo pastor para suas despesas de transporte no exercício das suas funções e quando a igreja tem condições de dar mais, este valor também pode ser estipulado pela diretoria que é ciente das necessidades. Quando a igreja cresce numericamente e chega ao ponto de poder sustentar seu pastor em tempo integral, a diretoria deve ter o poder para estipular um valor. Este valor não deve ser baixo demais ao ponto do pastor passar necessidade junto com a família, fazendo com que a família venha à culpa e odiar a igreja e os que têm controle das verbas. Também não deve de ser alto demais ao ponto do pastor viver uma vida muito além dos membros. Membros de tal diretoria devem ter as condições e qualidades dos diáconos escolhidos pela igreja em Atos capítulo seis. E, deve ser o conjunto da igreja que escolhe a diretoria, e não deve ser por apontamento do pastor/administrador que poderia escolher pessoas que ele poderia manipular.

             Resumo por dizer que os recursos financeiros de qualquer igreja podem servir de bênção ou de maldição. Uma liderança espiritual tem que ser uma prioridade e elemento muito essencial da parte de todos que fazem parte da administração. Todos os recursos recebidos nos cultos ou fora deles devem ser devidamente contabilizados pelo tesoureiro da igreja. O tesoureiro deve de ter um auxiliar que se faça presente na hora de contagem do dinheiro para proteger a reputação de todos. Todo este cuidado é feito para proteger o pastor/administrador de acusações prejudiciais e que deixa ele livre para cuidar da parte espiritual. Relatórios financeiros devem ser prestados de seis em seis meses. Os livros contábeis devem estar disponíveis para qualquer membro examinar dentro do escritório da igreja para averiguar e satisfazer qualquer dúvida que porventura tenha.

            Fazendo assim, normalmente elimina qualquer dúvida acerca dos recursos da igreja e coopera com o objetivo principal da igreja que é a evangelização da cidade, município, estado, nação e o mundo. Fico à disposição de qualquer um, a fim de dar maiores explicações esclarecedoras acerca deste assunto. Pode me escrever: pwalmer@simfiel.com.br

Philip D. Walmer