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Uma História Pessoal

Aprendizagem Precoce - Mas Eficaz

Número 1

            Em 1949, aos 8 anos de idade, eu tinha uma profunda experiência de arrependimento. Aquele domingo de noite somente meu pai e eu fomos ao culto devido à enfermidade de um dos meus irmãos. O culto realizou-se normalmente. Meu pai foi no altar para orar. Eu fiquei no banco, mas em devido momento, dobrei os joelhos para orar. Não me lembro de ter orado com tanta intensidade, mas meu pai contou para minha mãe que ele me ouviu clamando a Deus, estando ele no meio de muitos pessoas orando e buscando a Deus.

            Dois anos depois, em 1951, depois de muita insistência da minha parte, minha família viajou a uma igreja um tanto distante, e lá  meu pai me batizou nas águas. Pensei que iria me afogar, pois eu não fiquei totalmente coberto a primeira vez, portanto ele me submergiu a segunda vez sem me dar tempo para recobrar meu folego. Fui bem batizado.

            Um ano depois, Deus me batizou maravilhosamente no Espírito Santo numa campanha evangelística realizada por duas irmãs evangelistas, cujos nomes não recordo. (Que Deus possa recompensá-las por sua dedicação a esta obra. Certamente elas terão parte na recompensa que Deus me dará naquele dia pelas milhares de pessoas que toquei no meu ministério ao longo destes quase cinquenta anos.) Pessoas me contaram que fiquei por volta de duas horas deitado de costas no assoalho daquela igreja tão simples, falando em outras línguas. Foi o cúmulo de três anos de orações intensas enquanto eu buscava a promessa de Deus. Não havia dúvida que a minha vida foi transformada por Deus.

            Aproximadamente um ano depois, na mesma igreja, Deus me deu uma chamada definitiva ao ministério da Palavra. Foi algo tremendo e inesquecível. A igreja era pequena. A comunidade pequena; apenas um lugarejo de campo, mas Deus estava presente para chamar um menino para fazer sua obra numa terra tão distante.

            Não muito depois destes acontecimentos, a igreja onde assistia os cultos fechou. Devido a este triste acontecimento, não tínhamos uma igreja verdadeiramente apostólica para assistir. Assistíamos cultos em algumas igrejas que infelizmente não tinha a plenitude de verdade e do Espírito Santo. Como família cristã, sobrevivemos basicamente na força que ganhamos das devoções familiares que meu pai insistiu em realizar todas as noites antes de dormir. Assim passavam uns cinco para seis anos durante os quais não recebi uma só renovação no Espírito Santo.

            Apesar dos escassos recursos financeiros, meus pais sentiram que era necessário assistir naquele verão de 1958 o acampamente anual da igreja. Eu tinha dezessete anos, e vibrava de alegria, antecipando que durante esta semana receberia a muito almejada renovaçaõ no Espírito Santo. No final da mensagem na primeira noite fui entre os primeiros a chegar ao altar. Sem instruções de como devia orar, dobrei os joelhos e escondi meu rosto nos braços em cima do altar. Orei e orei e nada aconteceu. Senti fortemente a presença de Deus, mas nada de renovação. Fiquei um tanto triste, preocupado, e talvez aborrecido. No entanto comecei refletir sobre minha vida e cheguei a conclusão que sem dúvida alguma tinha o Espírito Santo, e portanto não tinha razão para me preocupar.

            Levantei  a cabeça e vi um rapaz em pé orando e buscando o Espírito Santo. Ninguém estava orando com ele. Pensei: Eu tenho o Espírito Santo e ele não tem; ninguém está orando por ele, de modo que eu vou fazer isto, ainda que não tenho nenhuma experiência. Fui e comecei orar por ele. Demorou pouco e ele recebeu uma experiência maravilhosa no Espírito Santo.

            Mas, o melhor estava por vir, pois sendo eu obediente ao Espírito Santo, deixando de lado a minha suposta necessidade e meu egoísmo, fui orar por outra pessoa mais necessitada que foi abençoada pelo poder de Deus que estava em mim, e aí Deus respondeu minha oração e me deu uma gloriosa renovação do Espírito Santo.

            Creio piamente que chegou a hora para as pessoas que têm o Espírtio Santo de deixar de lado seus próprios problemas e necessidades, reais ou não, bem como seu egoísmo, e começar ministrar para os outros. Estas outras pessoas serão abençoadas pelo poder de Deus que está residente nestes cristãos com o Espírito Santo, mas Deus jamais esquecerá a sua necessidade e responderá com bênção sobre bênção por terem abraçado com sinceridade o espírito de Cristo que não veio para ser servido mas para servir. Da mesma forma que Jesus veio com esta atitude, Ele enviou seus discípulos para ministrar aos outros. (Lucas 9:1-9, Lucas 10:1-24 e Atos 8:4)

Philip D. Walmer