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Segue-me - 3

 

Número 3

 

            "Aí elas começaram a chorar alto outra vez. Então Orfa se despediu da sua sogra com um beijo e voltou para o seu povo. Mas Rute ficou. Veja! disse Noemi. A sua cunhada voltou para o seu povo e para os seus deuses. Volte você também para casa com ela. Porém Rute respondeu: Não me proíba de ir com a senhora, nem me peça para abandoná-la! Onde a senhora for, eu irei; e onde morar, eu também morarei. O seu povo será o meu povo, e o seu Deus será o meu Deus. Onde a senhora morrer, eu morrerei também e ali serei sepultada. Que o Senhor me castigue se qualquer coisa, a não ser a morte, me separar da senhora!" (Rute 1:14-17)

            Volto para escrever pela terceira vez acerca de seguir Jesus no caminho que levará para salvação da alma e no fim para a Cidade Celestial, preparada para todos que realmente amam ao Senhor de toda a sua ala e coração. Faço uso da lindíssima história de Noemi, Orfa e Rute que nos comove em primeiro lugar com a facilidade com a qual a Orfa se despediu retornando para sua casa e seus deuses.

            Noemi, com seu esposo e seus dois filhos deixou a terra prometida a Israel por causa da escassez de comida e foi morar na terra de Moabe, um lugar idolatra e entregue a deuses falsos. Lá seu esposo morreu. Seus dois filhos casaram com mulheres idolatras da terra, e também morreram antes de poder ter herdeiros. Na história, Noemi depois de perder tudo que amava resolveu voltar para Israel, sua terra natal. As duas noras dela seguiram caminho afora com ela até certo ponto onde ela pretendia se despedir delas.

            Encorajando as duas para voltarem para a casa paterna ela insistiu, afirmando que ela não tinha nada para lhes dar. E seria melhor para elas começarem a vida de novo na terra delas. Isto me faz recordar das provas, tribulações e até perseguições que vem para os seguidores de Cristo. Existem experiências que nos faz refletir acerca da vida cristã. Na história destas mulheres, Orfa, com muito facilidade beijou a sogra e se foi de volta para a casa paterna. É isto que acontece tão frequentemente com pessoas que começaram tão firmemente com Cristo nesta nova vida, mas quando o caminho começa apresentar dificuldades com apenas um beijo superficial se despedem de Cristo. Isto faz me lembrar de Judas que combinou com os inimigos de Cristo para identificá-Lo para eles com um símbolo de amor e afeto - um beijo. Ele o deu, não pensando jamais que seria para ele o símbolo de uma despedida definitiva, uma despedida da vida natural e também da eterna.

            Hoje pela manhã durante minhas orações eu comecei pensar acerca de pessoas que como pastor, amava de coração. Preguei para elas, tentei as ensinar amar a Deus, aconselhei em conversas particulares, mas elas se despediram de Deus, da Igreja Dele e da vida eterna. Chorei copiosamente em lembrar-me de que elas não estarão presentes quando a Igreja do Senhor se prostra diante Dele em profunda gratidão pela salvação que Ele providenciou.

Philip D. Walmer