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Agradecido - 2

Número 2

 

            "Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente, aguardando a bendita esperança o e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus, o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras." (Tito 2:11-14)

            Estas palavras "o qual a si mesmo se deu por nós" muito me comovem. Estamos cientes que a época da Páscoa está se aproximando, pois faremos esta celebração no dia 20 de abril. Em muitas partes do mundo, as fábricas já estão funcionando a todo vapor preparando ovos e coelhos de chocolate, bombons, entre outros doces para serem vendidos, dando lucro para fábricas, lojas e pessoas físicas. Temo com razão que para a grande maioria a Páscoa tem perdido por completo a sua essência, a sua razão e seu profundo significado.

            Porque é que a Páscoa também tem se tornado em outra celebração igual à de Natal que só gira em torno de lucro para os fabricantes e lojistas? Como é que até para muitos (podemos dizer a maioria?) dos cristãos o dia em que temos o dever de lembrar-nos da morte e ressurreição de Cristo planejamos festas, jantares, refeições especiais; compramos presentes e chocolates para  entregar em vez de lembrar o grande sacrifício de Cristo em prol de um mundo que jaz no maligno? Nem neste dia podemos cessar a perpétua corrida atrás de prazeres, à suposta felicidade e a procura de agradar aos outros com presentes? Não é possível parar com o egoísmo e autocentrismo e oferecer profundíssimo agradecimento a quem comprou a nossa salvação por meio do sacrifício que voluntariamente fez em nosso favor?

            Anos atrás eu li uma reportagem que me fez rir diante da ignorância, posso dizer, estupidez do ato sem significado algum. O artigo relatou que a igreja Católica perdoou os judeus por ter matado Jesus. Pasmado fico diante de tais coisas, pois pessoas, sim pessoas, supostamente inteligentes e instruídas nos preceitos e doutrinas bíblicas evidente não têm a menor ideia o que aconteceu na cruz naquele dia quase dois mil anos atrás. Nota o que diz nosso texto acima em relação a Jesus: "si mesmo se deu". Ninguém tirou sua vida, Ele a deu.  A coroa de espinhos não O matou, nem as chicotadas que levou. Os pregos não O mataram e quando os soldados passaram para quebrar as pernas para apressar a morte, descobriram que já estava morto. Nota bem o que dizem as Sagradas Escrituras em Lucas 23:46: "Então, Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou."

            Nenhum povo, nem os judeus, nem os romanos foi solitariamente responsável pela morte de Jesus. Amigo, Jesus morreu por causa dos meus pecados, por causa dos seus pecados, e quando eu me lembro de tudo que Ele sofreu para me salvar, meu coração transborda de gratidão e minha boca não acha palavras suficientes para agradecê-Lo por este grandíssimo ato de amor por mim e todos meus compatriotas deste mundo.

Philip D. Walmer