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Agradecido - 4

Número 4

 

            "Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo. Pois ele é benigno até para com os ingratos e maus." (Lucas 6:35)

            O leitor assíduo da Palavra de Deus quase nunca é surpreendido por alguma passagem, pois já leu anteriormente e sabe que a Palavra tem tal ordenança, lei ou conselho de natureza obrigatório. No entanto, a pessoa que não lê a Palavra, ou A lê com pouca frequência, ou lê apenas passagens conhecidas que considera mais importante ou tem por prediletas, sempre será surpreendido com as grandes verdades que este livro sagrado tem quando começar garimpar mais profundo nesta mina de ouro para o viver cristão.

            Nenhum cristão deve esquecer jamais o que Jesus declarou na sua oração sacerdotal: "Santifica-os o na verdade; a tua palavra é a verdade." (João 17:17) Há três coisas que devemos lembrar desta passagem: 1) Foi Jesus, o corpo no qual habitava Deus encarnado, quem fez esta declaração, por tanto tem todo crédito; 2) Jesus disse que a Palavra de Deus é a verdade e não apenas uma verdade; 3) Deve ser lembrado que toda Ela a verdade e não apenas certas passagens que alguns mais gostam. O cristão de verdade tem que abraçar, acatar e amar todo o ensinamento da Palavra, pois assim é exigido de todos. Nenhum motorista tem livre arbítrio para escolher as leis do trânsito que ele particularmente gosta e decide obedecer. É tudo ou nada!

            No texto deste devocional descobrimos que Deus exige: 1) Que amamos os nossos inimigos, 2) Que façamos o bem a todos, 3) Que emprestamos sem esperar paga (juros). A passagem declara que assim fazendo o galardão que receberá será grande e recompensador, mas, além disto, 4) será considerado como verdadeiro filho de Deus.

            A última frase do versículo é que surpreende. É declarado que Deus é benigno. Isto todos já sabem pela Palavra e por experiência própria. Agora proponho uma pergunta talvez difícil de responder: Sendo que nós nos consideramos filhos de Deus pelo novo nascimento, não seria lógico que seguiríamos no exemplo do Pai celestial caminhando perfeitamente nos seus passos? Que direito teríamos de declarar que somos filhos de Deus se não fazemos a obras de nosso Pai?

            Quais são as obras Dele declarados neste versículo? "Pois ele é benigno até para com os ingratos e maus." É lógico, então, que nós, sendo filhos de nosso Pai celestial praticamos as mesmas obras que Ele demonstra. Seria correto ser um ingrato pelas bênçãos de Deus, ser objeto da sua benignidade e considerar que estamos agindo corretamente? Seria justo ser um beneficiado pelo amor, graça, perdão e benignidade de Deus e dar como agradecimento maus tratos aos nossos conterrâneos?

            É necessário entender que uma maneira para demonstrar nosso agradecimento a Deus por sua misericórdia para conosco é mostrar benignidade para com todos em volta, sejam outros filhos de Deus, inimigos, ingratos ou maus. Eis a vontade de Deus e um sacrifício que Ele aceitará e pelo qual Ele dará o retorno em bênçãos que necessitamos.

Philip D. Walmer