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Quem É o Deus Que Você Serve

Quem É O Deus Que Você Serve?

“E disse consigo: Ó Senhor, Deus de meu senhor Abraão, rogo-te que me acudas hoje e uses de bondade para com o meu senhor Abraão!” (Gênesis 24:12)

Ontem de noite, já deitado na cama, li vários capítulos do livro de Gênesis quando deparei com o versículo acima, ao qual Deus me chamou atenção; e particularmente à parte sublinhada. Passei a ler várias vezes, e ainda fiquei deitado meditando no significado dessa passagem e as palavras “Deus de meu senhor Abraão”.

Não posso imaginar a razão, porém, este servo de Abraão não podia dizer “meu Deus”. Assim, Deus causou-me a refletir no fato de que por gerações sem fim, os Israelitas chamavam seu Deus “o Deus de Abraão Isaque e Jacó”. Por alguma razão eles não conseguiram chamar Deus como Ele fosse propriamente deles. Querido amigo, isto faz uma diferente tremenda.

Para que você entenda melhor o sentido disso, permite-me montar uma ilustração que inclui você: A vida, a sorte, ou sei lá o que fez com que você pudesse arranjar um serviço bom de motorista de um senhor rico, muito bem de vida. Para trabalhar para ele se torna necessário que você é obrigado deixar sua cidade humilde e se mudar para uma capital onde tem uma vida bem melhor. Após algum tempo você consegue a confiança total de seu patrão, e querendo voltar para visitar seus pais, irmãos e outros familiares, bem como ver de novo seus ex-vizinhos, ele lhe concede uns dias de férias, e para sua surpresa até oferece deixar com que você usa seu carro para fazer a viagem. Agora, esse carro não é um carro qualquer, mas um Mercedes, e não um Mercedes qualquer, porém é um AMG GLE 63 4MATIC SUV, V-8, bancos de couro, todos os mais recentes eletrônicos lançados, etc., e cujo preço está em torno de US$135.000,00. Bem, sua viagem há de ser uma das melhores possíveis.

Você chega na sua cidade de origem, contente, meio orgulhoso e com vontade de ver seu pessoal. Estaciona na frente da casa de seus pais, porém antes de poder descer do carro, ele está cercado pelos vizinhos e a rapaziada da rua que veio, não para ver você, mas para admirar o carro. Sem saber o valor real do carro, você os ouve dizendo que um dos seus conseguiu se tornar rico na capital. O problema é que o carro não é seu, e as perguntas, cada vez mais acentuadas, finalmente obrigam você a confessar que o carro não é seu, mas do seu patrão. Esta revelação se torna a desejada visita para a casa de seus pais um tanto triste, você não é o que é representado pelo carro em que chegou.

Somos obrigados retornar à pergunta original: “Quem é que você serve?” Para o servo de Abraão, Deus era apenas o Deus de seu patrão. Nada mais! Menos ainda um Deus pessoal. Para a maioria dos Israelitas, Jeová era o Deus de seus pais, de Abraão, Isaque e Jacó.

Davi teve um relacionamento diferente, pois em Salmos 23:1 ele expressa um relacionamento pessoal com Deus quando escreveu: “O Senhor é meu pastor...” Em Filipenses 4:19, Paulo expressa esta mesma intimidade com Deus quando escreveu: “... e o meu Deus...”

Você que é pai de família pode dizer com certeza que seu relacionamento com Deus lhe permite dizer “meu Deus”? Ou que você como mãe de filhos e dona de casa transmite pela devoção, as orações e ambiente que cria no seu lar que, sim, “o Senhor é, meu pastor”? E, você colega, pastor de uma congregação, você transmite para os membros, e não por meras palavras, mas pelo viver, pela intimidade subentendida nas suas orações, que Deus é realmente seu Deus e não um Ser distante e pouco conhecido? Você, como professor bíblico de classes de alunos de qualquer idade, transmite a realidade de um relacionamento íntimo com Deus ao ponto de todos saberem sem dúvida alguma que Deus é pessoal para você?

Você, pai de família, levou seus filhos a ter sua própria experiência com Deus ao ponto de não dizer “o Deus de meu pai”, porém “meu Deus”. Os pais que não tem feito isso, o pastor ou professor bíblico que não levou a congregação que pastoreia ou classe que leciona a ter um relacionamento pessoal com Deus têm falhado redondamente na tarefa que lhes foi entregue.

O que há de valer no final da vida, ou na hora da volta do Senhor Jesus Cristo para arrebatar Sua Igreja, será se você tem ou não um relacionamento pessoal, profundo e duradouro com O Senhor da Glória. Por ventura não a tenha, procure hoje adquiri-la por meio de oração, leitura da Palavra de Deus, uma vida separada do mundo e uma fidelidade absolutamente inabalável no Senhor.

Pastor Philip D. Walmer