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Assunto Proibido - 2

Número 2

            Há muita controvérsia com respeito o dízimo e outras contribuições para a obra de Deus. Não é algo novo, pois tem existido ao longo da existência da Igreja. Em primeiro lugar pondero o raciocínio de qualquer pessoa que pertence a qualquer instituição que desfruta benefícios dela e ainda alegar que não tem absolutamente nenhuma obrigação moral de sustentá-la. Esta mentalidade não existe fora da instituição da Igreja; tais como clubes de torcedores de times de futebol, escolas de samba, clubes esportistas de várias naturezas e etc.

            Em relação à igreja, é de questionar como estes que não participam na sustentação dela acham que a igreja pode continuar a existir sem uma base financeira. A Bíblia não esclarece com exatidão quando Deus instituiu o dízimo, mas recorda que Abraão era dizimista, dando seu dízimo ao rei de Salém. A prática de dar dízimo continuou através da era do Antigo Testamento, culminando numa forte condenação da parte de Deus em Malaquias 3:8-12 pela falta de dizimar, que resultou em maldição sobre o povo de Deus.

            Alguns argumentam que o Antigo Testamento é antigo e não precisa mais dele, e que não somos obrigados de observar os ensinamentos dele. Pergunto, então, se podemos descartar os dez mandamentos, e começar matar, adulterar, roubar, mentir e etc. impunemente? Claro que não. O problema é que muitos crentes, e até ditos professores bíblicos não entendam a diferença entre a lei moral e a lei cerimonial. Jesus cumpriu a lei cerimonial por meio da sua vida, morte e ressurreição, portanto não tem mais validade. No entanto, a lei moral continua a existir, e jamais foi descartada ou invalidada. O dízimo continua válido, pois não pertenceu jamais à lei cerimonial.

            Jesus condenou os religiosos hipócritas por serem tão rigorosos no dizimar enquanto negligenciaram os preceitos mais importantes da lei: "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!" (Mateus 23:23) Jesus jamais condenou ou invalidou o dízimo. Neste versículo Ele disse que estes religiosos que pagavam seus dízimos tão fielmente não deviam esquecer-se da justiça, misericórdia e fé, mas "devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!" Em outras palavras devem continuar a dar o dízimo, mas acrescentar as outras coisas que a lei exige.

            Dizimar e ofertar de rendimento, seja de qualquer forma, é um ato de fé. Tendo atuado como pastor ao longo de mais de cinco décadas, confesso que era com muita dificuldade que orava por pessoas para serem curadas, sabendo que elas não eram fieis dizimistas. A fé do cristão é depositada em Deus. Se tiver fé para ser perdoado dos pecados, para receber o Espírito Santo, para ser protegido do mal ou de sinistros, por que, pergunto, não pode ter fé em Deus para abençoar o 90% que resta depois de dar o dízimo? Aí, eu não podia crer que a pessoa tinha fé para a cura, porque não exerceu a fé na parte financeira.

            Você tem fé apenas para algumas coisas e não para outras? Ore para que Deus fortaleça sua fé em tudo, e prova ao Senhor em um ato de fé no dar.

Philip D. Walmer

Pensamento do Dia: A igreja é composta de indivíduos. Ela não pode fazer nada a não ser que seus membros trabalham, e trabalham unidos. - Aughey