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Responsabilidades Familiares 3

Número 3

 

            Creio que não existem pai, nem mãe que não querem um lar feliz e tranquilo, onde reina uma paz que supera as expectativas de todos. Infelizmente isto se torna cada vez mais raro nos dias atuais. Sei que há muitas razões pelas quais este ambiente familiar não existe. Ainda que as famílias consigam superar os desafios de vida em família, todos são obrigados dizer que sempre existem desentendimentos que rompem a paz do lar e frequentemente deixam cicatrizes emocionais pelo resto da vida. Certamente isto não foi e jamais será a vontade de Deus, o Criador do homem e a Quem devemos honrar pelo estabelecimento da vida familiar.

            Sei que não é possível identificar todos os males que ferem a vida familiar, e nem todos na lista que segue são aplicáveis à vida dos que procuram servir a Deus. No entanto, é possível que alguns achem os defeitos na sua própria vida que contribuem para as brigas e desentendimentos em família. É bem conhecido que o uso de bebidas alcoólicas contribui para a falta de paz, pois altera o comportamento de quem se embriaga. A infidelidade matrimonial de qualquer uma das partes cria um ambiente intolerável, e mais frequente que não, termina o casamento em separação ou divórcio, que basicamente não é solução, pois simplesmente cria outra leva de problemas e desafios, também sem solução.

            Outro fator que aparece com muita frequência em todos os níveis de vida familiar é o egoísmo. Alguns homens casam pensando que a mulher é apenas uma pessoa no lar para servi-lo. Para ele, ela é apenas a cozinheira, faxineira, lavadeira, passadeira, babá, e depois de não ter nenhuma participação da parte dele na manutenção do lar, ele ainda acha dentro dos seus direitos exigir que ela, apesar do seu aborrecimento com ele e do cansaço dela, deve se tornar a companheira íntima dele. Quando isto não ocorre, ele logo começa procurar quem o satisfaz neste sentido.

            Eu sei que o homem começará citar as Escrituras, dizendo que a mulher tem que ser sujeito a ele e obedecê-lo. É assim: "... a serem sensatas, honestas, boas donas de casa, bondosas, sujeitas ao marido, para que a palavra de Deus não seja difamada." (Tito 2:5) O apóstolo Pedro também teve algo para ensinar a este respeito: "Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido, a para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa..." (I Pedro 3:1) Nestas duas passagens há algo que deve ser esclarecido, pois tem homens que acham que as mulheres tem obrigação ser sujeito a todos os homens. Negativo! A Bíblia usa o termo "ao seu marido" e "vosso próprio marido". Ela não tem obrigação obedecer qualquer que seja o homem que aparece na sua vida, a não ser um patrão, e isto somente em relação aos pormenores do trabalho. Agora vamos virar a moeda, caso os maridos começam contar vantagem no jogo de casamento.

            No entanto a Bíblia também ensina o seguinte: "Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito. Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama. Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a igreja..." (Efésios 5:25-29) Isto é muito claro e se for praticado contribuirá grandemente para a criação de um lar feliz e agradável a Deus.

Philip D. Walmer