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O PropĆ³sito da Igreja e Seus Membros 4

Número 4

 

                Tendo eu vivido mais de sete décadas da história da Igreja, tendo passado do século vinte para o século vinte um, presenteie mudanças dentro da Igreja, que francamente assustam e preocupam. Será que a história está para se repetir, fazendo com que os escolhidos de Deus caem na desgraça de se afastarem do propósito divino ou fugirem da sua responsabilidade de ser um representante, isto é, embaixador viável de Deus no mundo atual?

            Muitos dos meus leitores são jovens, vendo apenas o mundo e a Igreja de uns vinte anos para cá. Minha esposa e eu temos a vista da Igreja durante as últimas seis décadas, e falando com toda franqueza as mudanças que temos visto e as que estamos vendo nos deixam preocupados, muito preocupados. Você poderia perguntar da sua posição confortável o que é que nos deixa preocupados. Você pode se sentir bem com tudo que se realiza nos cultos... os cânticos  (louvor? talvez), danças, apresentações, a euforia que se sente e etc.

            No entanto, tememos que a Igreja esteja perdendo sua identidade. Mas, como, pastor? Por adotar costumes, hábitos, vaidades, músicas e vestimentas que devem pertencer exclusivamente ao mundo sem Deus. Lembra-se que nós já passamos por mais de seis décadas da história da Igreja. Nós nos lembramos de quando as principais igrejas pentecostais não diferiram de nós em termos do viver cristão e modéstia na vestimenta. Não se via maquiagens, joias e bijuterias, cabelo feminino cortado e pintado, roupas que expunham indecente e sensualmente os corpos, a fácil aceitação de atos sexuais condenados pela Palavra de Deus, entre muitas outras mudanças, que, creio eu, Deus não aprova e jamais aceitará como comportamento que agrada a Ele. É triste de ver como estas organizações foram aceitas pelo mundo, mas a luz divina que deve brilhar das suas igrejas e das vidas individuais foi posta debaixo do alqueire. (Mateus 5:15)

            A Bíblia é objetiva e clara nas suas declarações. Observa os versículos seguintes: "Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser." (Romanos 8:7 Cor.) "Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus." (Tiago 4:4 Cor.)

            Alguém me perguntou por estes dias se eu conhecia pessoalmente Jimmy Swaggart. Eu respondi que não, mas disse que gostava... gostava, de ouvi-lo cantar. Mas, ele delatou aos seus superiores eclesiásticos um colega do ministério que estava envolvido em um caso de adultério. Este colega se aborreceu e flagrou seu acusador em um relacionamento com uma prostituta. Ele admitiu seu pecado publicamente, mas recusou os termos de punição impostos por sua organização. Aparentemente não se arrependeu, pois foi flagrado novamente meses depois em situação semelhante. Foi por aí que jogamos fora os CD's e LP's dele, pois tudo que cantava não passava de uma tremenda hipocrisia.

            Infelizmente isto acontece com frequência em muitas igrejas. Aparentemente mais vale o talento de tocar, cantar, pregar e incentivar o povo às demonstrações de aparente louvor que não passam de pura emoção leviana, do que uma vida pura que serve de exemplo tanto para os membros da igreja, bem como os mundanos que querem libertação dos seus pecados.

            Está cumprindo seu papel de mostrar a luz de Deus ao mundo, ou sua luz está debaixo do alqueire de pecado e amor ao mundo como aconteceu com Israel do Antigo Testamento?

Philip D. Walmer