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Reconciliado

Reconciliado

O verbo reconciliar tem a definição de algo bom e importante: Estabelecer a paz entre; fazer as pazes, congraçar-se, harmonizar-se, conciliar-se... ou a melhor definição: Restituir à graça de Deus. Vendo como o ser humano de modo geral tem se afastado de Deus, e que devido ao pecado tão abrangente no mundo moderno, ser restituído a Deus deve se tornar uma obra almejada mais do que qualquer outra, pois Deus é o poder superior e tem o futuro de todos os moradores da terra em suas mãos.

Desde a desobediência de Adão e Eva e a queda deles de uma posição exaltada diante de Deus, a inimizade que se instalou entre Deus e o ser humano e tem reinado aparentemente irredutível ao longo dos séculos. O homem, apesar de seus melhores esforços, era totalmente incapaz de se tornar reconciliado com Deus, seu criador. Havia a necessidade de alguém que poderia fazer o papel de conciliador entre Deus e o homem. Porém, o abismo entre os dois era tão grande que o conciliador teria de ser muito especial. Por necessidade, este conciliador teria de ter a confiança de ambas as partes.

O Senhor Deus, absoluto em sabedoria, resolveu o caso por vestir a Si mesmo em carne e habitar entre Sua criação. Dessa maneira, o conciliador, Jesus Cristo, nascido de Deus (divino) e de mulher (humano) veio a ser o conciliador perfeito. Assim sendo, era aceito por Deus e pelos homens desejosos de serem livres de religião fatigante e insuficiente para alcançar a necessidade interior dos seres humanos.

Paulo escreveu um conselho tremendo em II Coríntios 5:20: “Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus.” Ele reconheceu a necessidade absoluta de ser reconciliado com Deus. Porém, sem a morte desse conciliador, bem como seu ressurgimento dentre os mortos, esta reconciliação jamais teria sido possível.

Esta reconciliação jamais poderia ser possível sem a rude cruz, cruz banhada com o sangue do conciliador (redentor), Jesus Cristo. Veja e entenda o que Paulo escreveu em Efésios 2:16: “... e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade.” A cruz, o sangue derramado, o sofrimento quase insuportável, a fisionomia quase irreconhecível do Mestre Jesus pode ser detestável e repugnante, mas o versículo acima deixa bem claro que foi por intermédio da cruz que a inimizade entre Deus e o ser humano finalmente teve solução. Vem soando no meu coração as palavras de um hino antigo: “Sim, eu amo a mensagem da cruz.” Não se ouve hoje muitas mensagens acerca da cruz e o sofrimento de Jesus, contudo, é hora de ouvir acerca da solução para o problema de pecado que deixa o homem (e mulher) separado de Deus. A cruz não é um emblema ou objeto para ser adorado. Porém, o que ocorreu naquela cruz deve ser prezado, apreciado mais que qualquer outra coisa, pois lá foi pago o preço da sua reconciliação para com Deus.

Prezado leitor, faz um favor, não para mim, não para Deus e não para qualquer outra pessoa a não ser para você mesmo: Reconcilie-se com Deus enquanto ainda há tempo. Segue algumas passagens bíblicas que falam profundamente acerca da reconciliação. Medite nelas!

“Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida...” (Romanos 5:10)

“Porque, se o fato de terem sido eles rejeitados trouxe reconciliação ao mundo, que será o seu restabelecimento, senão vida dentre os mortos?” (Romanos 11:15)

“Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus.” (II Coríntios 5:18-20)

“Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade.” (Efésios 5:14-16)

“... e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus. E a vós outros também que, outrora, éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras malignas, agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis,  se é que permaneceis na fé, alicerçados e firmes, não vos deixando afastar da esperança do evangelho que ouvistes e que foi pregado a toda criatura debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, me tornei ministro.”(Colossenses 1:20-23)

Jesus até ensinou a reconciliação entre seres humanos como primordial a nossa apresentação diante de Deus: “... deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta.” (Mateus 5:24)

Pastor Philip D. Walmer