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Onde Está O Meu Pai?

 

Um dia, destes, meu filho ao voltar da escola, mal entrou em casa, perguntou: Onde está o meu pai? Surpreendi-me com a alegria que senti por este gesto tão espontâneo e normal. Isto levou-me a pensar: como a gente gosta de ser lembrado, principalmente pelos nossos filhos.

Ocorreu-me então, um outro fato: Como deve sentir-se o nosso outro pai, aquele que nos amou primeiro, quando frequentemente ignoramos. Creio que esta indiferença seja o nosso grande pecado, o grande mal da humanidade. E pensar que ele nos criou por um gesto de amor infinito e nós, às vezes, passamos uma vida inteira indiferentes a esse amor.

Eu, particularmente, passei grande parte de minha vida quase alheio à presença de Deus. Não que eu não acreditasse nele, mas sabe como é, era uma pessoa "muito ocupada" tinha mil coisas a fazer, todas "muito boas", é claro, e muito "importantes". Como poderia sobrar tempo? Tinha que estudar, trabalhar duro, muitas horas por dia, também aos sábados, domingos e feriados, tudo era válido nessa correria desenfreada em busca de nem sei o que.

Às vezes, até ia à igreja, para fazer as pazes com a minha consciência. Era mais um "cristão" de tradição, engrossando os números da estatística. Nas horas difíceis eu procurava a Deus, mas logo após o esquecia. Assim, foram se passando os anos. Mas no meu íntimo sentia que algo estava errado. Me sentia um "mercenário". Num desses raros momentos, abri a Bíblia em Apocalipse 3:15-16 li, então: "Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca". Pareceu-me que essas duras palavras eram dirigidas a mim. Senti-me muito desconfortável ao me identificar com essa figura "morna" e desprezível das escrituras. Achei que devia mudar. Como estava não poderia ficar. Ou seria um cristão autêntico ou nada. Eu não era uma coisa nem outra. Desde então não tive mais sossego. Mas Deus é infinitamente bom e ao contrário de nós, não esquece seus filhos. Assim, em julho de 1987, um de meus molares resolveu "dar sinal de vida" e fui parar no dentista. Em seu consultório, Dr. Alfred convidou-me a participar dos estudos bíblicos das sextas-feiras à noite. Que dor-de-dente "providencial”. Obrigado, Dr. Alfred. Obrigado, Senhor.

Desde então a minha vida e de meus familiares mudou. Reencontrei o meu Deus que já conhecia, mas principalmente o pai que ainda não conhecia.

Uma pergunta:

Você tem uma paixão pelas almas perdidas? Você faz algo por elas? (visita-as!)

Você está orando, convidando e amando-as com o amor de Cristo? (Quando!)

Você conhece os dois caminhos - o da condenação ao inferno. O outro leva ao céu.

Jesus disse: Vós sereis as minhas testemunhas. E eu volto a perguntar e a desafiar o irmão:

Você é realmente uma testemunha de Cristo para que outras pessoas possam encontrar Jesus?

Saiba, Jesus vai pedir prestação de contas de você, de todas as oportunidades, de todo seu tempo, de todo o seu dinheiro. O profeta Jeremias exclamou: Ai de mím, se eu não for um mensageiro do Senhor!