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Coisa TerrĂ­vel!

 

            "Que coisa terrível é cair nas mãos do Deus vivo" (Hebreus 10:31 NTLH*) "Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo." (Atualizada*) "Horrenda coisa é cair na mãos do Deus vivo." (Corrigida)

            Nestes tempos modernos, com a sociedade determinada e insistente em fazer sua própria vontade em vez de obedecer a Deus, se torna óbvio que de modo geral o povo tem perdido por completo o temor a Deus. Temor é um sentimento de profundo respeito e obediência. A falta de obediência às leis da sociedade, a falta de obediência aos pais e a falta de obediência às leis eternas e infalíveis de Deus deve resultar em uma falta de tranquilidade, sensação de ameaça, e um estado de susto. É o saber que haverá mais tarde ou mais cedo o cumprimento rigoroso e pontual pelo desvio de comportamento exigido.

            Em Juízes 17:6 e 21:35 encontramos as seguintes palavras: "Naqueles dia não havia rei em Israel; cada um fazia o que parecia bem aos seus olhos."  Estas palavras não foram um elogio ao povo daquela época, mas uma forte condenação. Faltava para eles um rei, ou em outras palavras um líder que indicaria o caminho e comportamento correto, por palavra e exemplo.

            A nação de Israel no Antigo Testamento era sombra, tipo e exemplo da Igreja de Deus que estava por vir. Com isto, podemos seguir os acontecimentos naquela nação e entender melhor o que acontece na Igreja no dia de hoje. Assim, para o povo Israelense, a falta de um rei obediente às leis de Deus era considerada como o caminho lícito para seguir. Se o rei era idolatra, o povo era o mesmo. Se o rei era imoral, o povo seguia o mesmo caminho. Deus quis falar diretamente com os reis, mas normalmente eles não deram ouvidos a Deus. Quando isto não funcionava, Deus lhes mandava os profetas. Mas estes, por serem apenas entregadores das mensagens de Deus foram desconsiderados, perseguidos, e não infrequentemente mortos por serem fieis a Deus em vez de serem populares com o povo.

            O problema maior foi que Israel foi cercado por nações ímpias, idólatras que viviam nas imundícias dos seus pecados e totalmente impunes. Parecia que Deus não importava com os pecados e idolatria destes povos. Não entanto, para Deus importa; só que Deus demanda mais do povo que Ele escolheu para iluminar o mundo com a luz de verdade. Deus resgatou este povo do meio da idolatria e degradação do pecado, começando com Abraão e seguindo até a libertação milagrosa do Egito quando Israel já tinha se tornada uma nação numerosa.

            Um fato, sim fato, irrefutável é que há só um Deus. Deuteronômio 6:4 declara este fato de forma clara: "Ouve, ó Israel; o Senhor nosso Deus é o único Senhor." Em nosso texto acima diz que é para ser temido "cair nas mãos do Deus vivo." De deuses, o mundo estava cheio, mas não eram deuses vivos, portanto não tinham condições de retribuir aos seus supostos súditos a merecida punição. Hoje não difere em nada. Esta falta de punição e castigo por obras más e dignas de um juízo duro faz com que o povo começa pensar e crer fanaticamente que jamais haverá o profetizado castigo pela desobediência às leis de Deus. A Palavra de Deus profetizou que este dia viria: "... Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação." (II Pedro 3:4)

            Uma ilustração viva deste princípio é o caso do mundo na época de Noé. Deus achou em Noé e sua família os únicos que viviam de acordo com os princípios estabelecidos por Ele. Assim, Deus disponibilizou um meio pelo qual Noé poderia salvar ele mesmo e sua família. Ele creu, edificou a arca e foi salvo junto com os animais que Deus escolheu para serem salvos. O povo pereceu totalmente, apesar de ter Noé como "pregador da justiça" (II Pedro 2:5) ao longo de cento e vinte anos (5 - 6 gerações) que alertava com respeito à punição vindoura.

            Ló com sua família foram morar nas cidades do vale do Rio Jordão. O povo das várias cidades do vale tinha se entregue aos infames atos sexuais não aprovados por Deus. Quando o cálice destas iniquidades transbordou, Deus determinou sua punição por uma destruição total. Ló conseguiu escapar somente porque seu tio Abraão pleiteou com Deus a salvação dele deste castigo.

            O povo do Egito era um povo idolatra, tendo deuses múltiplos. Os líderes dos egípcios escravizaram o povo de Deus por vários séculos. Deus armou um plano pelo qual eles pagariam caro por sua crueldade e idolatria. Todo seu exército pereceu de uma vez no fundo do mar.

            A Palavra de Deus está repleta com exemplos de como Israel sofreu vários castigos por sua idolatria, imoralidade e desobediência desenfreada às leis de Deus. Dezenas de milhares morreram em um só dia em mais de uma ocasião.

            Deus providenciou salvação para as gerações que seguiram o primeiro aparecimento de Jesus Cristo. Estamos vendo que esta salvação está sendo ignorada ou totalmente rejeitada, enquanto o povo deleita em fazer tudo que agrada a carne. Os deuses do mundo não cobram os delitos e transgressões estabelecidos por Deus. Mas, ninguém deve se iludir, pois um dia de juízo está por vir, e terrível será o castigo dos que rejeitaram a autoridade de Deus sobre eles.

            O escritor de Hebreus apresenta uma pergunta tremenda e digna de constante reflexão: "... como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A Qual tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários milagres e por distribuições do Espírito Santo, segundo a sua vontade." (Hebreus 2:3-4)

            Tempo e espaço não permitem o uso de mais ilustrações, mas é claramente estabelecido que o dia do grande juízo está por vir, e pode ser mais próximo do que a maioria crê. Veja comigo o fechamento desta mensagem, lendo o que a Bíblia profetiza com respeito o juízo final e o terror que haverá ao cair nas mãos do único Deus vivo que cumprirá fielmente e rigorosamente a Sua Palavra: "Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras.  Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.” (Apocalipse 20:11-15)

            Philip D. Walmer

*Versões