Algumas Coisas Que É Melhor Esquecer
Duas amigas ficaram revivendo memórias compartilhadas. Uma recordação levava à outra, até uma gentilmente lembrava à outra de um tempo difícil muito tempo atrás.
"Ora, você se lembra o que ela fez! Eu não podia crer que alguém poderia tratar outra pessoa daquela maneira. Como você atravessou esta experiência desagradável?"
"Eu não me lembro daquilo."
"Mas claro que você se lembra!" Foi inconcebível que alguém poderia esquecer as palavras ásperas descorteses. Foi contado com detalhes todo o evento desagradável.
"Atualmente, me lembro distintamente de ter esquecido daquilo," veio a resposta suave.
Algumas coisas da vida são melhores esquecidas. Palavras descorteses, promessas descumpridas, expectações não executadas, e falhas evidentes não têm razão permanecer nos corações e mentes dos filhos de Deus. A não ser que sejam perdoadas e esquecidas elas se tornam pesos que impedem o nosso progresso. (Veja Hebreus 12:1-2)
O apóstolo Paulo comparou nosso andar com Deus como um corredor que luta pela dominância. (Veja I Coríntios 9:24-27) Você tem observado alguém se preparando para correr? A pessoa pode chegar, carregando uma jaqueta, toalha, água mineral, e uma barra nutricional de cereais. No entanto, tudo isto é colocado de lado antes de pisar na pista. Eles não carregam nenhuma bagagem desnecessária.
Muitas coisas em nossas vidas se tornam pesos, e talvez até pecados, se continuar os carregar conosco dia após dia. Você pode imaginar tentando correr, carregando caixas, baús, sacolas de compras, malas, e outras parafernálias? Com que rapidez você poderia se movimentar? Quão seguro seriam os seus passos?
Nós fazemos exatamente isso quando arrastamos o nosso passado para o nosso presente. Nós arrastamos por aí comentários imprudentes, ações descorteses, atitudes rudes de nosso passado. Colecionamos por aí cada ferida, desprezo, chaga e injustiça, refletindo-os em nossas mentes. Avançamos vagarosamente, arrastamos a falta de clemência, discórdias, inveja, e ciúme. No entanto, ponderamos nossa falta de progresso espiritual. Há porventura uma correlação?
Precisamos adotar a mentalidade de um atleta. Qualquer coisa que pode impedir o nosso progresso deve ser posta de lado. Paulo disse: "Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus." (Filipenses 3:13-14). Ele sabia que jamais poderia alcançar "o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" se ele continuasse a se agarrar com as coisas do passado.
Porventura, poderia ser que o nosso passado é a coisa específica que pode nos separar do amor de Cristo? Nota: De todas as coisas mencionadas a seguir, o passado não se encontra:
"Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor." (Romanos 8:35-39)
É possível para nós impedir nosso próprio andar com o Senhor sem reconhecer que nós somos a fonte de nossos próprios problemas. De alguma maneira nós encontramos conforto em recontar o menosprezo e injustiças e nos regozijamos por ouvir amigos e familiares reafirmarem que fomos de fato maltratados. Enquanto podíamos ter sido vitimados no passado, mas isto não precisa ditar o nosso presente e futuro.
Esquecer do passado, permite Deus sarar nossas feridas, é a chave para uma vida saudável hoje e a fundação para um futuro brilhante e vencedor em Cristo Jesus.
A menos que somos seletivos naquilo que permitimos para habitar em nossas mentes, nossas memórias podem tornar-se um viveiro de amargura e falta de perdão. Quando falhamos no perdoar prejudicamo-nos a nós mesmos de uma forma que nem Satanás poderia arquitetar. Assim, nós nos tornamos o nosso pior inimigo.
Quando nós perdoamos, é o momento em que somos mais semelhantes a Jesus. Flagelado e pregado à cruz entre dois ladrões, Ele disse, "...Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem." (Lucas 23:34)
Mesmo que não haja desculpa sincera, podemos escolher para esquecer e perdoar. Perdoar é um presente que damos a nós mesmos!
Bonnie Peacok