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Ofender...

            Quem almeja ser habilitado para dirigir um automóvel pensa logo na liberdade de locomoção de um lugar para outro, o orgulho de ser dono de carro, de poder criar ciúmes nos amigos por alcançar a condição de ser condutor de automóvel de passeio, e talvez de veículos pesados. A maioria jamais pensa na grande responsabilidade que é de ser motorista. Ao conduzir qualquer veículo pelas ruas e estradas, ele tem a obrigação de compartilhá-las com centenas e milhares de outros motoristas, e deve fazer isto com cortesia voluntária. Ele tem que lembrar que da mesma forma que ele tem direitos adquiridos por ser motorista, os outros também tem.

            Se o motorista não dirigir com perícia e se envolver em um acidente onde há danos materiais, ele é obrigado a pagar por estes danos. Se sua falta de perícia resultar em danos pessoais, isto é, em pedestres ou ocupantes de outro veículo feridos, ele também é responsável para arcar com as despesas médicas, e se a pessoa ferida seja impedida de trabalhar ou tem ferimentos vitalícios, o motorista poder ser condenado de prover uma pensão vitalícia. O caso se torna ainda pior se houver um ou mais mortos. O caso de dirigir comprovadamente embriagado incide em condenação automática. A mesma condenação pode ser aplicada caso o motorista tenha usado drogas legais ou ilegais. Minha esposa sofreu recentemente um acidente que a deixou com fortes dores num joelho. O médico receitou um remédio forte contra dor, mas com uma resalva: não podia dirigir carro nem operar qualquer tipo de equipamento pesado que colocaria outros em perigo, pois ela seria mentalmente prejudicado de operar tais veículos com perícia.  A seriedade de ter o direito de operar carros e outros equipamentos tem que ser sempre lembrada, pois o bem estar de outros depende de você. 

            Da mesma forma, o crente que é operador de uma boca e língua deve se lembrar da grande responsabilidade que tem de falar de forma que edifica e que não cria danos, frequentemente irreparáveis nos outros. Nunca vou me esquecer de uma certa quinta-feira, noite de estudo bíblico na igreja que um conhecido não crente entrou na igreja e sentou-se logo na frente de um pequeno grupo de adolescentes. Por ter vindo diretamente do seu trabalho ele não estava vestido a rigor normal de quem frequenta os trabalhos da igreja. Notei que ele ficou pouco tempo, levantou-se e foi embora. Mais tarde fui informado que estas meninas falaram mau dele por causa da sua vestimenta. Infelizmente ele nunca retornou a igreja e até hoje permanece fora dos caminhos do Senhor. Não me lembro de mais a identificação das meninas, mas se ainda permanecem na igreja serão julgadas como réus por ter ferido mortalmente este homem que quis ouvir a Palavra de Deus aquela noite.

            Anote bem o que a Palavra de Deus fala: "Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar." (Mateus 18:6)

            E mais: "Não nos julguemos mais uns aos outros; pelo contrário, tomai o propósito de não pordes tropeço ou escândalo ao vosso irmão." (Romanos 14:13)

            Guarde bem o seu falar para não o fazer sem perícia e ser julgado por ferir ou destruir alguém de fé pequena.

Philip D. Walmer