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Profundamente Preocupado 1

Número 1

 

            "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3:16)

            A Palavra de Deus declara uma verdade universalmente compreendida por qualquer estudante sério Dela. "Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor." (Deuteronômio 6:4) Esta verdade é claramente ensinada de capa a capa na Bíblia. Jamais havia uma trindade e jamais haverá. A pergunta, então, é como foi efetuado a obra salvadora necessária para resgatar o homem do meio dos pecados que certamente o condenará à punição eterna?

            Nenhum ser, seja humano ou divino, poderia comprovar seu amor por enviar outra pessoa para fazer uma tarefa desagradável, ou uma que colocaria a vida da pessoa em risco. O mesmo é a verdade em relação à salvação, aliás, o plano de salvação do homem. Neste plano de redenção não havia, como alguns ensinam, uma primeira pessoa de uma suposta trindade, enviando a segunda pessoa da mesma para sofrer e morrer em prol dos homens. Isto jamais provaria o amor de Deus.

            O que aconteceu então? Primeiro, é necessário entender com perfeição a verdade declarada em João 4:24: " Deus é espírito..." Deus, sendo espírito, não tinha corpo como os seres humanos que Ele criou. Sendo que era espírito não podia ser contido dentro de um pequeno corpo. Ele habita e preenche todo o grande espaço acima de nós. Mas na sua profunda preocupação com os seres que Ele criaria e que se perderiam na depravação do pecado, Deus, com sua presciência já prescreveu antes da criação do homem a geração do Messias que daria Sua vida em prol da salvação dos homens.

            "... Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus." (Lucas 1:35) Este Jesus que nasceu por parte da Maria poderia ser acuradamente chamada Filho do Homem apesar de não ter sido gerado por parte de homem algum. Da mesma maneira poderia ser chamado acuradamente Filho de Deus, pois foi gerado pelo Espírito Santo, que é o Próprio Deus e não uma terceira pessoa de uma suposta trindade.

            Durante a vida terrestre de Jesus, Deus, o Espírito Eterno, ainda existia em toda a sua plenitude, no entanto todos os atributos Dele habitavam no corpo que Ele Mesmo criou divinamente no ventre de Maria. "Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo; porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade." (Colossenses 2:8-9)

            Esta criança, gerado por Deus (Espírito) no ventre de Maria (carne) teve então uma dupla natureza (carnal e espiritual). Ele era Deus manifestado em carne e não outro deus. A carne foi sacrificada em prol dos pecados do mundo desde o princípio até o fim dos tempos. "Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram."

             Sim, podemos ver tão nitidamente no nascimento de Jesus, que celebramos agora, a grandíssima preocupação de Deus com a Sua mais nobre criação, o homem. Como devemos repetir as palavras de Paulo em II Coríntios 9:15: " Graças a Deus pelo seu dom inefável!"

Philip D. Walmer