Não Sou Religioso 4
Número 4
Alguns podem pensar que eu sou duro demais com as minhas palavras que denunciam os pecados de nossos dias. O problema maior hoje entre os ditos religiosos é que a popularidade tem se tornado de grande importância para eles. Pergunto... Os profetas da era do Antigo Testamento foram populares quando denunciavam os pecados da nação de Israel? Leia novamente as histórias de Elias, Eliseu, Isaias, Jeremias, Ezequiel, e os demais profetas menores. Eles colocaram suas vidas em grande risco para entregar as mensagens de Deus para Israel. Todos eles sofreram e muitos deles foram cruelmente mortos, por nada mais ou nada menos do que entregar as advertências de Deus para os líderes políticos e eclesiásticos. A mesma coisa aconteceu com João Batista. Veja as duras palavras dele aos líderes religiosos que foram ter com ele a beira do Rio Jordão: "Vendo ele, porém, que muitos fariseus e saduceus vinham ao batismo, disse-lhes: Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura? Produzi, pois, frutos dignos de [que comprovam] arrependimento; e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; o porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. Já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo." (Mateus 3:7-10) Estas palavras, bem como o denunciar do governante por sua imoralidade custou-lhe a cabeça e morte precoce.
Parece hoje que os ditos religiosos não prestam mais atenção ao que a Bíblica declara de serem pecados que impedirão qualquer um a entrada na Cidade Celestial de Deus. Veja apenas uma das listas destes: "Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam." (Gálatas 5:19-21) Apesar desta forte e irrevogável advertência são muitos que praticam estas coisas, pensando que a lei de Deus por alguma razão não é aplicável a eles. Púlpitos de numerosas igrejas estão sendo preenchidos por adúlteros, homossexuais, efeminados, mentirosos, glutões, idólatras, beberrões e etc.
Hoje se ouve que a graça de Deus há de resolver tudo isto. Nisto eles enganam a si mesmos, bem como todos os seus ouvintes. Paulo pergunta e responde a esta questão em Romanos 6:1-2: "Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, a nós os que para ele morremos?"
A graça de Deus foi estendida para Noé, mas a graça não o salvou. Ele foi salvo pelas obras de fé que praticou na edificação da arca. A graça de Deus lhe deu a oportunidade de salvar a si mesmo com a edificação da arca e por não se contaminar com as obras dos malfeitores entre os quais habitou.
A graça de Deus hoje está sendo estendida para todos os moradores da terra. No entanto, a salvação há de vir somente pelo arrependimento e a separação total das obras da carne. A graça é o que dá oportunidade para o ser humano praticar a justiça de Deus. A graça de Deus não é um agente salvador, porém um favor da parte de Deus para não castigar o homem pelos seus próprios pecados. Deus, no entanto, exige arrependimento da parte do homem, após o qual Ele diz: "Vai, e não peca mais."
Philip D. Walmer