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Deus, Use-me! - 4

Número 4

 

                "Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo." (I Coríntios 12:12)

            Tomo a liberdade de referir-me ao primeiro versículo do texto no devocional de ontem. Paulo falou acerca do corpo de Cristo, dizendo que como o corpo humano é composto de muitos membros diferentes, o corpo de Cristo também é. O corpo humano é composto de pés, mãos, olhos, ouvidos, nariz, boca e outros membros numerosos demais para mencionar. Muitos membros são visíveis e muito mais ainda, invisíveis.  Invisíveis? Sim, invisíveis! A verdade é que os membros visíveis não podem subsistir sem os membros invisíveis. Pode o corpo viver sem a função perfeito do coração? Do fígado? Dos pulmões? Das glândulas pequenas? Dos componentes microscópicos do sangue? O corpo, criado por Deus, é muito complexo; tão complexo que os cientistas descobrem segredos dele hoje que eram desconhecidos há pouco tempo antes.

            A Igreja também foi criada por Deus. E, como o corpo humano é muito complexo. Paulo disse que Ela também tem muitos membros e que todos têm funções diferentes. Como a saúde do corpo humano depende do perfeito funcionamento de todas as partes, a Igreja de Deus também depende do perfeita compreensão que há muitos membros diferentes no corpo e que todos têm funções diferentes, que nem todos são visíveis, mais ainda são muito importantes.

            Várias vezes eu tenho ilustrado a função dos membros da igreja dizendo que Deus tem uma caixa de ferramentas. Cada membro é uma ferramenta diferente um do outro. Permita que eu explique: Eu tenho várias caixas de ferramentas que uso para meus trabalhos. Tenho ferramentas que uso quando trabalho com encanamento. Outras que uso quando trabalho com eletricidade. Há ainda outras para carpintaria. Outras para marcenaria. Há outras para trabalhar com ferro. Tenho chave de fenda com 40 centímetros de comprimento e outra com apenas 8 centímetros. Tenho várias chaves Phillips. Elas vêm em várias bitolas e comprimentos. Eu tenho um ou mais do tamanho conhecido como P3 e em vários comprimentos. Tenho os tamanhos de P2, P1 e P0. Estes tamanhos todos têm suas aplicações. Certa vez tentei sem sucesso remover um parafuso da porta do meu carro. Simplesmente não consegui com a chave Phillips que tinha. Nem sabia que existia outro tamanho. Mas chegando à oficina mecânica o mecânico passou mão em uma de tamanho maior e em um instante o parafuso foi solto.

            Eu sou o dono da minha caixa de ferramentas. Quando eu tenho um trabalho por fazer eu vou até a oficina, e eu escolho a ferramenta adequada para o trabalho a ser feito. A ferramenta não tem absolutamente nada para dizer se será escolhida ou não. Quem escolhe a ferramenta é o mestre... Eu.

            Vamos analisar isto em relação à Igreja. Ela é a caixa de ferramentas de Deus. Os membros são as ferramentas. Deus é o dono da caixa. Ele tem o direito de escolher como lhe apraz para efetuar o trabalho que Ele quer fazer. As ferramentas não têm direito de palpitar e exigir a ser usada. Deus e somente Ele tem o direito de determinar quem será usado e quando será usado. As ferramentas, que somos nós, temos apenas a obrigação de ficar a disposição do mestre, fazer a obra que Ele determina a fazer e deixá-Lo usar a quem lhe apraz.

            Philip D. Walmer