PrestÃgio
Não, não estou falando da barra de chocolate que é tão deliciosa. Estou falado de uma honra e reconhecimento que tanto homens quanto mulheres procuram da parte de outras pessoas. É uma coisa que pessoas vangloriosas procuram, contudo, o dicionário define isto como “ilusão de sentidos produzida por artifícios”. Define ainda mais como “poder de atração, sedução, fascinação e encanto”. Indo mais além a definição continua dizendo que é “grande influência exercida por pessoa ou coisa sobre outras pessoas”. Com estas definições é claro que não é algo muito admirado e tão pouco deve ser desejado.
No entanto, vimos na sociedade de hoje que apesar das definições acima, a procura por este estado ilusório tem alcançado níveis incrédulos. No mundo artístico a procura do prestígio não tem limites. Para chegar a tão almejado prestígio pessoas se envolvem em mentiras, calúnias e até atos de violência uns contra os outros. Decência, moralidade, amor ao próximo e bons costumes são abandonados para tentar alcançar o prestígio e fama. Princípios básicos de uma convivência harmoniosa com outros são de pouco valor, inclusivo o relacionamento familiar.
Infelizmente este espírito perigoso e destruidor tem entrado na igreja ocultamente e está destruindo a obra que Deus quer realizar por meio de Sua Igreja no mundo. Pessoas estão vinculando títulos aos seus nomes, a fim de tentar alcançar o prestígio entre os demais membros, ou podemos ousar dizer, exercer domínio sobre outros. É comum ouvir alguns declararem... eu sou profeta, apóstolo, presbítero, reverendo, levita e etc. Eu não vejo os discípulos do Senhor do primeiro século, isto é, da Igreja primitiva fazendo tal coisa. Quem sou eu? Apenas um pecador salvo pela graça de Deus, procurando viver de maneira agradável ao Senhor e se a morte me alcance antes da vinda do Senhor, e finalmente alcançar a ressurreição dentre os mortos para passar a eternidade com meu Salvador. Se assim é a sua atitude, nós somos meramente irmãos, trilhando humildemente o caminho aos céus e a vida eterna.
Alguns dos discípulos do Senhor, antes do Dia de Pentecostes, e a transformação que o Espírito Santo proporcionou, demonstraram aquela atitude de querer a primazia no meio dos demais discípulos. Eles foram duramente censurados pelo Senhor. Ele disse que era assim entre os gentios (mundanos), porém não será assim entre vocês. (Leia Mateus 20:20-28)
No Livro de I Pedro 2:21-24 Pedro expressa o que ele viu e sentiu na pessoa de Jesus: “Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo “, o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca; pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente, carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados.”
Nota: Jesus sofreu, não cometeu pecado, não teve procedimento fraudulento, não revidava diante do mal cometido contra Ele, não fazia ameaças, Ele mesmo carregou sua cruz, entregou-se a morte por nossos pecados e sofreu a chagas em nosso favor. Jesus nunca procurou a primazia, nunca procurou a honra, nunca se vangloriou, contudo, foi um servo que serviu todos nós e toda a humanidade. Quem são estes homens e mulheres carnais de hoje que querem reinar e exercer autoridade sobre outros?
Nota bem a atuação de Jesus quando caminhou entre os homens: Jesus jamais procurou a primazia entre os homens; Ele teve a coragem de tentar corrigir os erros dos religiosos do Seu dia, não temendo a repercussão contra si mesmo; chamou o pecado o que realmente é, não fazendo rodeios para proteger Si Mesmo; alertou acerca de um inferno real que é o destino dos pecadores, ensinou categoricamente e com autoridade do alto; censurou os discípulos pela procura de posição sobre os demais outros; sempre se humilhou até a ignomínia da cruz e se tornou servo de todos.
Pedro disse, e não somente disse, entretanto, praticou o que ele admoestou para fazer... “seguirdes os seus passos...” Lá está, o dever de cada um que se declara cristão... Andar humildemente e ser o servo de todos. Que tanto os ministros, quanto os membros seguindo o exemplo de seu pastor, sejam servos de todos para fazer a real obra do Senhor na terra.
Pastor Philip D. Walmer