Prioridades - 2
Número 2
Determinamos que bem antes da família, trabalho, parentes, amigos e divertimentos, Deus tem que encabeçar nossa lista de prioridades. Com Deus bem estabelecido como a cabeça de nossas vidas, a perfeição Dele que há de comandar nossas vidas fará com que todas as demais prioridades estejam nos seus devidos lugares. Esta ordem estabelecida por Deus onisciente há de superar quaisquer planos nossos, e o estabelecimento de prioridades de um ponto de vista apenas humano, que só pode falhar e terminar em desastre. Vale à pena deixar Deus em controle absoluto de nossas vidas.
É revelador ver como aquelas pessoas que tinham uma intimidade com Deus e uma vida abençoada ponham em prática a meta de deixar Deus sempre no comando, e procuraram sempre buscar a vontade Dele; se esforçando para fazer aquilo que agradava a Deus.
Poderia Deus deixar de amar e abençoar alguém que desta maneira expressava seu desejo de estar sempre presente com seu Senhor? "Uma coisa peço ao Senhor, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do Senhor e meditar no seu templo." (Salmos 27:4) É claro que ninguém pode fisicamente habitar no prédio físico onde costumamos louvar e adorar a Deus. No entanto, é possível cultivar e praticar uma vida tão ligada a Deus, que parece que vive em uma bolha da presença do Senhor onde nada mais pode penetrar e perturbar a Sua abençoada presença, e onde a vida terrena com seus problemas parece estar muito longe.
"Amas a justiça e odeias a iniquidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo de alegria, como a nenhum dos teus companheiros." (Salmos 45:7) Amar a Deus, amar as coisas justas, amar a pureza, amar a separação do mundo e no seu lugar amar a presença de Deus, odiar o mundo e tudo que nele está e toda a sua iniquidade; pode lhe colocar em posição privilegiada com Deus, proporcionando lhe a mui almejada vida abençoada, até muito mais do que seus companheiros desta jornada cristã.
Imagine o passado terrível que o apóstolo Paulo foi obrigado se lembrar... a perseguição dos cristãos ante da sua conversão, o encarecimento dos seguidores de Cristo, a morte de Estevão entre muitos outros. Contudo, ele reconheceu que ele não poderia agradar a Deus tendo em mente estas atrocidades por ele cometidas. Ele estabeleceu outra meta, outra prioridade: "Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus." (Filipenses 2:13-14) Em outras palavras há pouca coisa ou nenhuma coisa deste mundo que tem um valor real, que todas as coisas do passado e do mundo devem ser esquecidos para poder alcançar o que há de melhor em Deus. Assim Paulo pensava, escrevia e lutava: "Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé; para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte; para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos." (Filipenses 3:7-11)
Sim, isto é prioridade.
Philip D. Walmer