Denunciado!

"Pouco tempo depois, os que estavam por ali chegarem a Pedro e disseram: Certamente você é um deles! O seu modo de falar o denuncia." (Mateus 26:73)

Em sete de novembro de mil novecentos e setenta e quatro, cheguei ao Brasil junto com minha família. Não podíamos falar nada na língua portuguesa, nem para pedir uma água. Começamos imediatamente a aprendizagem da língua, pois o desejo de poder conversar com os brasileiros na sua língua era muito forte. Embarcamos neste empreendimento a todo vapor, tentando o mais rápido possível ficar fluentes, não somente nas conversas simples, mas também para poder transmitir a linda mensagem de salvação para um povo que realmente precisava conhecer de maneira mais íntima possível o amável ser do Salvador do mundo.

Certamente Deus nos ajudou, pois mais rápido do esperado por muitos, começamos a ensinar e pregar. Cometemos os erros de praxe, pessoas riram da gente, mas continuamos a seguir a melhor perfeição possível. Mas, depois de tantos anos, depois de aprender relativamente bem a gramática, melhorando cada vez mais o vocabulário, uma coisa sempre nos identificou. O sotaque. Isto nós nunca perdemos. É difícil para uma pessoa de duas ou três anos de idade aprender um novo idioma sem que sempre permaneça um sotaque, ainda que seja sutil.

No contexto do texto acima, Pedro estava assistindo o suposto julgamento de Jesus. Ao entrar no recinto restrito dos que assistia, ele logo foi identificado como seguidor de Jesus, que ele, por medo, negou veementemente. Mas, os curiosos chegaram novamente com declaração certeira. "O seu modo de falar o denuncia."

Uma pergunta que precisa ser feita para todos os seguidores ou supostos seguidores de Cristo é: "Seu modo de falar o denuncia?" Por estes dias comentei com um pastor acerca das postagens que frequentemente aparecem no Facebook de pessoas que se dizem cristãs, e francamente não daria imaginar pelos comentários tão mundanos que estas pessoas professam ser crentes e seguidores de Cristo, pois duvido que Cristo falaria da maneira que falam, que teria sua mente tão ligada com as coisas terrestres. A conversa de qualquer crente deve ser diferente, bem diferente do que qualquer pessoa que não teve sua vida mudada, ou supostamente mudada, por Cristo.

Não tenho o costume de citar copiosas passagens bíblicas nestes devocionais, mas hoje fujo da regra: "Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês: imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a ganância, que é idolatria. E por causa dessas coisas que vem a ira de Deus sobre os que vivem na desobediência, as quais vocês praticaram no passado, quando costumavam viver nelas. Ma agora, abandonem todas estas coisas: ira, indignação, maldade, maledicência e linguagem indecente no falar. Não mintam uns aos outros, visto que vocês já se despiram do velho homem com suas práticas e se revestiram do novo, o qual está sendo renovado em conhecimento, à imagem do seu Criador;" (Colossenses 3: 5-10)

Não cabe fazer mais comentários, somente uma pergunta: "Sua fala lhe denuncia como seguidor verdadeiro de Cristo?"

Philip D. Walmer


Denunciado! "Pouco tempo depois, os que estavam por ali chegarem a Pedro e disseram: Certamente você é um deles! O seu modo de falar o denuncia." (Mateus 26:73) Em sete de novembro de mil novecentos e setenta e quatro, cheguei ao Brasil junto com minha família. Não podíamos falar nada na língua portuguesa, nem para pedir uma água. Começamos imediatamente a aprendizagem da língua, pois o desejo de poder conversar com os brasileiros na sua língua era muito forte. Embarcamos neste empreendimento a todo vapor, tentando o mais rápido possível ficar fluentes, não somente nas conversas simples, mas também para poder transmitir a linda mensagem de salvação para um povo que realmente precisava conhecer de maneira mais íntima possível o amável ser do Salvador do mundo. Certamente Deus nos ajudou, pois mais rápido do esperado por muitos, começamos a ensinar e pregar. Cometemos os erros de praxe, pessoas riram da gente, mas continuamos a seguir a melhor perfeição possível. Mas, depois de tantos anos, depois de aprender relativamente bem a gramática, melhorando cada vez mais o vocabulário, uma coisa sempre nos identificou. O sotaque. Isto nós nunca perdemos. É difícil para uma pessoa de duas ou três anos de idade aprender um novo idioma sem que sempre permaneça um sotaque, ainda que seja sutil. No contexto do texto acima, Pedro estava assistindo o suposto julgamento de Jesus. Ao entrar no recinto restrito dos que assistia, ele logo foi identificado como seguidor de Jesus, que ele, por medo, negou veementemente. Mas, os curiosos chegaram novamente com declaração certeira. "O seu modo de falar o denuncia." Uma pergunta que precisa ser feita para todos os seguidores ou supostos seguidores de Cristo é: "Seu modo de falar o denuncia?" Por estes dias comentei com um pastor acerca das postagens que frequentemente aparecem no Facebook de pessoas que se dizem cristãs, e francamente não daria imaginar pelos comentários tão mundanos que estas pessoas professam ser crentes e seguidores de Cristo, pois duvido que Cristo falaria da maneira que falam, que teria sua mente tão ligada com as coisas terrestres. A conversa de qualquer crente deve ser diferente, bem diferente do que qualquer pessoa que não teve sua vida mudada, ou supostamente mudada, por Cristo. Não tenho o costume de citar copiosas passagens bíblicas nestes devocionais, mas hoje fujo da regra: "Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês: imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a ganância, que é idolatria. E por causa dessas coisas que vem a ira de Deus sobre os que vivem na desobediência, as quais vocês praticaram no passado, quando costumavam viver nelas. Ma agora, abandonem todas estas coisas: ira, indignação, maldade, maledicência e linguagem indecente no falar. Não mintam uns aos outros, visto que vocês já se despiram do velho homem com suas práticas e se revestiram do novo, o qual está sendo renovado em conhecimento, à imagem do seu Criador;" (Colossenses 3: 5-10) Não cabe fazer mais comentários, somente uma pergunta: "Sua fala lhe denuncia como seguidor verdadeiro de Cristo?" Philip D. Walmer