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Amai-vos! - 1

Número 1

            "Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns ao outros ardentemente..." (I Pedro 1:22)

            Há um mau que provavelmente atrapalha mais a obra do Senhor do que qualquer outra coisa; e isto é a falta de amor sincero entre irmãos da mesma fé. Jesus previu este mau, e na sua oração sacerdotal no Jardim de Getsêmani. Ele rogou para que houvesse uma unidade entre os crentes como existia entre Ele e Seu Pai Celestial. No entanto, isto não ocorre da forma que Jesus almejou.  Cônjuges - Pais com filhos - filhos com pais, irmãos de fé e etc. estão atualmente muito aquém do nível de amor fraternal que deve de ser normal para quem realmente entregou sua vida para Deus e vive uma vida realmente cristã.

            A vida cristã em nível da igreja é influenciada diretamente pela vida cristã vivida no lar. Em primeiro lugar tem que haver um amor mútuo e verdadeiro entre o homem e sua esposa. Em muitos lares, supostamente cristãos, isto não existe e há várias razões para isso. A raiz disto muitas vezes começou no namoro, onde os costumes mundanos foram praticados e houve um foco maior na parte física do relacionamento do que na ligação espiritual de duas pessoas de criações diferentes. Mera paixão frequentemente leva para uma união de corpos na realização do sexo, mas dificilmente leva a um relacionamento duradouro. A falta de autocontrole durante o namoro tende a focar apenas no ato físico de um casal e não no desenvolvimento de bases para um casamento amigável e duradouro onde o verdadeiro amor tão bem definido em I Coríntios 13 reino supremo.

            Quando os pais vivem em um estado quase perpétuo de brigas e desentendimentos, ainda professando ser crentes, não há como frequentar os cultos e trabalhos da igreja, sem disseminar, ainda que seja sem intenção, toda a amargura, ira, desentendimento, discórdia, dissensão e inimizade que reside diariamente no lar. Somos criaturas espirituais, e sem que percebamos, transmitimos o que está em nosso íntimo para as pessoas que estão em nossa volta. Isto afeta negativamente todos os trabalhos da igreja, frustra o pastor, e faz com que a igreja não pode cumprir seu papel no mundo.

            Frequentemente, ou quem sabe, normalmente, os jovens cristãos descartam as instruções bíblicas quanto ao namoro e casamento. Alguns me disseram que Deus não tem nada a ver com isso. Com esta atitude, a oração não é praticada durante o namoro, e certamente Deus não é consultado quanto à seleção da pessoa que deseja compartilhar sua vida. Sei que meus leitores indagarão se eu e minha esposa fizemos isto. Sim, fizemos!

            Durante nosso namoro em que mantínhamos a pureza, a minha esposa pretendente me avisou que sentiu que Deus a chamou para trabalhos missionários no estrangeiro. Eu tinha certeza da chamada para o ministério, mas não para trabalhos missionários. Levei isto a sério e parti para a oração. Nada mudou. Deus confirmou nosso amor. Casamos. Após sete anos de experiências ministeriais a chamada para trabalhos missionários veio simultaneamente para nós dois. Hoje somos casados por mais de cinquenta anos, temos mais de cinquenta anos de ministério, e mais de quarenta de trabalhos missionários. Nem tudo foi fácil, mas resolvemos todas as dificuldades, pois vivemos casados para servir a Deus em primeiro lugar e depois para servir um ao outro em amor verdadeiro.

Philip D. Walmer

Pensamento do Dia: Para ser um canal de bênção, permite o amor de Cristo fluir através de você.