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Existe Um Túmulo Vazio!

Sim, existe um túmulo vazio. Um local procurado, desde o terceiro dia da morte do seu ocupante. Um local visitado até os dias de hoje, objeto de curiosidade de multidões que acorrem de terras longínquas para descobrir que realmente lá é apenas o que dizem que é: um túmulo vazio.

Paradoxalmente, um lugar vazio que enche o mundo de esperança e alegria, pois os que foram até lá averiguar a realidade deste túmulo encontraram apenas a frase enigmática e contundente: “ELE NÃO ESTÁ AQUI!”.

O túmulo é o de Jesus, e se Ele não está lá, onde estará? Estará Ele em outro túmulo, corpo escondido de uma fábula sem final feliz? Estará Ele na distância fria de um céu imaginário, inventado pelos sonhadores? Apenas um verso romântico e melancólico de um poeta inspirado, mas irreal? Aonde está Jesus? Quem o viu? Quem o conhece? Porque o túmulo está vazio? Mas a resposta foi encontrada já no terceiro dia! Jesus foi visto com a pecadora arrependida, com o pescador iletrado e com o jovem amado. Depois foi encontrado a caminhar com dois homens confusos e desanimados e os consolou, edificou e enviou. Ainda se apresentou a homens medrosos, que com as portas fechadas tinham medo da perseguição por causa do amor a Deus e os encorajou. E voltou para se encontrar com o incrédulo que queria colocar o dedo em suas feridas para crer. Foi visto ainda pelo perseguidor cheio de ódio, que ao encontrá-lo caiu por terra, e sentiu-se perseguido por tanto amor que não pode resistir. E continua sendo visto desde então, em cada um daqueles que o mundo esqueceu, em cada um dos que amam até o fim, em cada um daqueles que não temem a vida pois sabem que já venceram a morte.

O túmulo continua vazio. Aquele que estava lá, está ocupado tentando preencher outros vazios que levam a outros túmulos. O vazio da falta de perdão, da falta de paz e de amor. O vazio causado pelas desilusões e perdas desta vida. O vazio da insegurança do futuro e do medo da morte. O vazio do nosso coração.  

O túmulo continua vazio e assim permanecerá, pois aquele que estava lá está vivo, vencedor e vencendo, disposto a nos encontrar e disponível para ser encontrado.

Ouça a sua voz, perceba o barulho dos seus passos e sinta a acolhida dos seus braços abertos. Ele está perto.

O túmulo, vazio, já não precisa de nossa atenção. Os corações necessitados é que precisam encher-se desta vida que não coube em um túmulo, vida que a morte não pode reter. E é nos corações que nós vamos encontrá-lo, vivo e reinando.