>
 

Definitiva?

Definitiva?

“Mas, no primeiro dia da semana, a alta madrugada, foram elas ao túmulo, levando os aromas que haviam preparado. E encontraram a pedra removida do sepulcro; mas, ao entrarem, não acharam o corpo do Senhor Jesus. Aconteceu que, perplexas a esse respeito, apareceram-lhes dois varões com vestes resplandecentes. Estando elas possuídas de temor, baixando os olhos para o chão, eles lhes falaram: Por que buscais entre os mortos ao que vive? Ele não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos de como vos preveniu, estando ainda na Galiléia, quando disse: Importa que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de pecadores, e seja crucificado, e ressuscite no terceiro dia.” (Lucas 24:1-7)

As palavras mais bonitas da passagem acima são: “Ele não está aqui, mas ressuscitou.” Ninguém contesta a declaração que a morte é a parte mais definitiva da vida de qualquer ser humano. Até os patriarcas da antiguidade, apesar de viver vidas de vários séculos foram todos levados ao sepulcro. Foi o pecado original de Adão e Eva que trouxe sobre a raça humana esta morte tão indesejável.

No meio desta cena a vida ficou mais e mais curta, porém Jesus chega com uma promessa da restauração de todas as coisas. Depois de numerosas gerações; depois de enterrar seus parentes; depois de enterrar maridos e filhos mortos em guerras e depois de encarrar a realidade da morte como algo do qual ninguém escapa, era dificílimo para qualquer pessoa acreditar, isto é, crer nas muitas promessas de Jesus, tais como esta de João 14:1-6: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também. E vós sabeis o caminho para onde eu vou. Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho? Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”

Poucas horas depois de ouvir estas palavras maravilhosas, encorajadoras; palavras de levantar a fé até uma altura nunca antes alcançada, estes homens, bem como as mulheres que eram discípulos de Jesus, haviam de vê-Lo julgado, condenado a morte, pendurado numa cruz e sepultado após ouvir seu mui amado entregar seu espírito.

A fé deles acabou, o que é fácil de ver nos dois discípulos voltando para Emaús, os discípulos trancados dentro do Cenáculo, os discípulos que resolveram voltar para suas profissões de pesca, entre outras cenas de desespero total. Cadê a promessa? Foi tudo mentira? Os prodígios e milagres era só para enganar a gente? Realmente dá para imaginar tudo isso e muito mais. Porque dá para imaginar? Por que todos eles eram seres humanos iguais a nós. Será que você poderia crer estando exposto às mesmas circunstâncias? Duvido muito, pois há muitos hoje, sim crentes, que não enfrentam nada parecido com as cenas que os discípulos do primeiro século enfrentaram, porém têm deixado sua fé e esperança nas promessas do Senhor. Talvez não seja com palavras, contudo, as ações demonstram o cumprimento da profecia do versículo que segue: “... tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.” (II Pedro 3:3-4) Pelo comportamento de alguns que alegam ser cristãos, é fácil deduzir que eles não creem no eminente retorno do Senhor para arrebatar Sua Igreja.

No meio de tudo que aqueles discípulos sentiram, ansiedade, tumulto, medo, decepção e desespero; repentinamente notícias inacreditáveis começam a circular no meio dos que amavam Jesus... Jesus ressuscitou. Como? Isto não é possível! A morte é definitiva! Ninguém volta do sepulcro! Dias passaram enquanto os rumores rodeavam entre os discípulos. Havia algumas aparições, mas a possibilidade de alguém voltar de entre os mortos era tido como impossibilidade. Veja o que o fiel discípulo, Lucas, disse acerca das aparições de Jesus: “A estes também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis [infalíveis- MT], aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas concernentes ao reino de Deus.” (Atos 1:3)

Sim, querido leitor, a morte não é definitiva para aqueles que têm posto sua fé no Senhor Jesus Cristo, que têm obedecido integralmente o Evangelho e que se mantêm separados do mundo e suas concupiscências. Não seja incrédulo, contudo, crente de verdade; demonstrando sua fé diariamente por seu viver verdadeiramente cristão. Se assim for, alguns dirão algum dia após o arrebatamento da Igreja: “Ele não está aqui, mas ressuscitou.”, foi com o Senhor para a Glória. Esta é verdadeiramente sua esperança? Sua vida diária comprova isso?

Pastor Philip D. Walmer