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LEMBRANÇAS DA INFÂNCIA

As mais preciosas lembranças da minha primeira infância são as que se associam às histórias que nossa mãe nos contava, muitas das quais ilustravam o poder da oração.

Uma, que me deixou impressão profunda, dizia respeito a meu avô, que, ainda pequeno, foi visitar os primos no sul da Inglaterra.

Moravam perto de uma densa floresta. Certo dia, atraídas pelas flores silvestres, as crianças perderam-se completamente na mata.

Depois de buscar em vão uma saída, a mais velha, uma menina, chamou para junto de si os pequenos, que choravam assustados, e disse-lhes: "Antes de mamãe morrer, ela nos recomendou que, sempre que nos encontrássemos em dificuldades, contássemos tudo a Jesus. Vamos nos ajoelhar e pedir que Ele nos leve para casa,"

Ajoelharam-se e, enquanto ela orava, um dos pequenos abriu os olhos, encontrando um passarinho tão perto de sua mão, que ele tentou pegá-lo.

O pássaro saiu saltitando, mas sempre tão pertinho que a criança foi levada a segui-lo. Logo todos tomaram parte, procurando alcançar a avezinha, que ora voava ora pulava à frente, ou um pouco acima deles, ora pousava no chão, onde quase a apanhavam.

Depois, de repente, alçou voo de uma vez e foi embora. As crianças ergueram os olhos e descobriram que estavam saindo da mata, à vista de sua casa.

Disse-lhes Jesus uma parábola, sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer.      (Mateus 18:1)

Na vida de intercessão nenhuma tentação é tão comum como a de deixar de perseverar. Começamos a orar por determinada coisa; apresentamos as nossas petições por um dia, uma semana, um mês; então, não recebendo ainda nenhuma resposta definida, desmaiamos, e cessamos inteiramente de orar sobre o assunto.

É uma falta de proporções incalculáveis. É nada mais nada menos do que o velho costume pernicioso de começar as coisas e não acabar. Ele é prejudicial em todas as áreas da vida.

Quem forma o hábito de começar sem acabar, simplesmente formou o hábito de fracassar. Quem começa a orar por um assunto e não persiste até obter segurança da resposta, por sua vez está formando na vida de oração o mesmo hábito de fracasso. Desanimar e fracassar. Esse fracasso produz desencorajamento e descrença na realidade da oração, e isto destrói a possibilidade de êxito.

Mas alguém dirá: "Então, por quanto tempo devemos orar? Não chegamos a um ponto em que devemos cessar de pedir e deixar o assunto nas mãos de Deus?"

A única resposta é: ore até receber o que pediu, ou então até ter a certeza, no coração, de que o receberá.

Só num desses dois casos deveríamos deixar de insistir, pois a oração não significa apenas recorrer a Deus, é também entrar em conflito com satanás. E visto que Deus está usando a nossa intercessão como um poderoso fator de vitória nesse conflito. Ele somente, e não nós, deve decidir qual é o tempo de cessarmos com a nossa petição. Por isso, não paremos de orar enquanto a resposta não tiver vindo, ou enquanto não recebermos a certeza de que virá.

No primeiro caso, paramos porque vimos. No segundo, paramos porque cremos, e a fé do nosso coração é tão segura como a vista dos nossos olhos, pois é a fé vinda de Deus, em nós.

Cada vez mais, em nossa vida de oração, experimentaremos e reconheceremos esta certeza dada por Deus, e saberemos quando descansar tranquilamente nela ou quando continuar a pedir até receber. - The Practive of Prayer

Fiquemos firmes na promessa de Deus até que Ele venha ao nosso encontro. Ele sempre volta pelo caminho de Suas promessas.

Pastor Philip Walmer