Nosso Equilibrio
Certa manhã de fim de inverno, fui ao cemitério, em visita ao túmulo de meu pai, como fazia periodicamente. Ao limpar o pequeno canteiro, verifiquei que a folhagem estava toda crestada pela geada e arranquei-a fora. Ao fazer isso, lágrimas de tristeza afloraram aos meus olhos, pois com surpresa constatei que novas mudinhas da mesma planta, escondida entre ela, apesar de todo o frio da noite anterior e da madrugada, tentavam erguer-se à procura de um pálido sol, para poderem se nutrir e crescer.
As lágrimas haviam tomado conta de mim, pois eu havia comparado a minha vida às pobres plantas queimadas pela geada de inverno e que teria que ceder lugar às novas vidas, com a chegada da primavera.
E aí lembrei-me: 'Isto não é renovação? Por que estou triste? " E tomei uma resolução: usar o resto de minha em coisas úteis e benéficas (como fizeram as plantas adultas ao protegerem as pequeninas do frio e da geada) e entregá-la nas mãos do Criador, "para que se fizesse em mim segundo sua palavra".
Ao sair do cemitério, fiquei observando uma menininha aprendendo a andar de bicicleta. O pai corria ao seu lado para ajudá-la a manter o equilíbrio. O esforço dele de nada adiantava. Ele se afastou um pouco e disse: "pare de olhar para a bicicleta, olhe para a frente aqui onde estou". Relutante, ela o obedeceu. Depois de algumas quedas, joelhos esfolados e lágrimas, ela conseguiu.
Existem muitas coisas na vida que ninguém pode fazer por nós. Isto nos dá muitas responsabilidades, mas é emocionante desenvolver nossas atividades e talentos.
A vida é um ato de equilíbrio. Pelo nosso caminho irão existir algumas quedas, lágrimas e machucados. Como devemos lidar com tudo isso junto? Devemos fixar nossa atenção em Deus para mantermos o nosso equilíbrio, conhecermos o nosso potencial e caminharmos em direção a uma harmonia.
Isaías sabia onde devemos buscar o nosso equilíbrio. Ele resumiu nestas palavras: "Confiai no Senhor perpetuamente porque Ele é uma rocha eterna."