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Está Progredindo? - 4

Número 4

 

            Volto a fazer comentários acerca da passagem que citei ontem de Efésios 4:9-16 que não vou repetir neste devocional para economizar espaço.

            No versículo onze encontramos estas palavras: "E ele (Jesus) mesmo concedeu uns..."  Fico pasmo com a atitude de alguns que andam por aí atribuindo títulos para si mesmos... eu sou apóstolo. Quem disse? Eu sou levita. Quem disse? Que significa estes títulos? Quais são as responsabilidades que acompanham estes títulos? Sabe? Provavelmente não. Vamos lembra que foi Jesus que concedeu estes ofícios. Ele determina quem é apto para preencher estes cargos e os ocupar com dignidade e responsabilidade.

            Hoje atribuem o título de pastor a quem nem tem congregação (ovelhas espirituais). Neste caso o título se torna algo sem significado nenhum. Por exemplo, agora sou ministro credenciado há 52 anos, mais não assina estes devocionais com título algum, pois não sou mais pastor, pois não estou pastoreando. Aqui nos EUA muitos se referem a mim como "Elder" que é ancião. É um título de honra, que reconhece meus mais de cinco décadas de serviço a Deus e à igreja.

            Outro fato muito relevante é que eu não entrei no ministério por vontade própria. Deus me chamou aos meus doze anos de idade quando fazia parte de uma congregação bem pequena, em um lugarejo pequeno. Não havia significância da parte do lugar, da igreja nem do pastor. Deus viu meu coração e determinou que eu poderia fazer uma obra para Ele. Interessante é que durante os anos seguintes de estudos fundamentais e médios eu determinei que iria para a faculdade e seguir uma profissão que eu mesmo escolhi. Formei-me de estudos médios com esta intenção. Meus pais, no entanto, sentiram de Deus que tinham que ir e levar a família para o acampamento anual da igreja de nosso estado. Isto foi feito apesar de grandes desafios financeiros. Em um dos cultos à noite Deus começou falar fortemente comigo, de fato apertou comigo de uma forma que é difícil de explicar. Depois de uma luta em oração que durou muito tempo, eu finalmente cedi para Deus. Voltando para casa escrevi para o seminário mais próximo de nós, preenchi o pedido de ingresso, fui aceito e comecei meus estudos dois meses depois. Nos primeiros dias, eu me encontrei com a moça que se tornaria a minha esposa e no dia 17 de junho próximo celebraremos 53 anos de casamento.

            Eu sempre me senti como Amós se expressou acerca da sua chamada para ser profeta: "Amós respondeu:-Não sou profeta por profissão; não ganho a vida profetizando. Sou pastor de ovelhas e também cuido de figueiras. Mas o Senhor Deus mandou que eu deixasse os meus rebanhos e viesse anunciar a sua mensagem ao povo de Israel." (Amós 7:14-15) Da mesma forma eu não era nada a não ser um rapaz desconhecido de um lugarejo, mas o Senhor me chamou. Eu não sabia nos primeiros onze anos, mas o meu destino seria de servir a Deus em um lugar desconhecido que se tornaria minha segunda pátria amada... Brasil. Não entendo como alguns escolhem o ministério como profissão sem uma chamada divina. Digo com toda a certeza, que se não fosse a indiscutível chamada de Deus jamais teria permanecido fiel ao ministério. Sim, foi o próprio Senhor Jesus Cristo que me concedeu à Sua Igreja para servi-Lo de acordo com Sua vontade.

Philip D. Walmer