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Está Progredindo? - 7

Número 7

 

            A Igreja de Jesus Cristo jamais foi fundada para ser um lugar de exibição de talentos e habilidades de pessoas. Infelizmente muitas igrejas e congregações locais têm fugido disto, e em vez de seguir os propósitos da Sua fundação se tornaram uma espécie de show de talentos. Neste ambiente reinam o ciúme, inveja, contenda e divisões. A ênfase dos trabalhos da Igreja estabelecida pelo próprio Senhor Jesus foi esquecida enquanto pessoas carnais tomam a preeminência, exibem seus talentos e se autopromovem por razões pessoais como fama e o reconhecimento dos demais membros. Até ministros encarregados com o bem estar dos membros e a evangelização da sua cidade têm se esquecido do seu principal trabalho e a razão da sua existência. No meio de tudo isto, almas já convertidas estão se perdendo, e as pessoas fora da igreja deixam de ser alcançadas, pois basicamente foram ignoradas na corrida para reconhecimento, fama e dinheiro por meio da venda de CDs.

            Volto para o texto anterior de Efésios 4:7-13, extraindo dele os versículos onze a doze: "E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo..." Notamos: 1) Deus selecionou e estabeleceu os cinco ministérios na igreja Dele, e não pessoas gananciosas de prestígio e poder, 2) Ele assim fez por três razões específicas que notamos a seguir: para aperfeiçoar os que já foram convertidos, para os preparar para desempenhar seu serviço e para edificar o corpo de Cristo (Igreja).

            No meio de tudo isto não se nota nenhuma providência divina para compositores, músicos, cantores, corais e etc. Não tira conclusões ilusórias que estou contra o louvor e adoração a Deus por meio destas atividades, contudo chamo a atenção de todos ao fato de que isto não foi a principal obra da Igreja proposta por Deus.  No entanto, hoje se vê a música se tornando a principal atividade nos cultos, deixando pouco tempo para a pregação da Palavra de Deus por ministros que têm orado e jejuado até receber uma real unção de Deus. Pessoas que recebem este tipo de dieta espiritual não estão preparadas para enfrentar e aguentar as dificuldades normais da vida, e menos ainda uma perseguição ferrenha como a Igreja primitiva sofreu.

            A música é boa e deve fazer parte dos cultos, mas não podem ser dispensadas as ungidas pregações da Palavra. Permita-me dizer que há uma diferença entre mero oratório por homens capazes de tal façanha e uma pregação, que talvez seja inferior em termos de eloquência, mas que tem por trás a força toda da unção do Espírito Santo. Já assisti os dois tipos de pregação, e confesso que almejo mais o oratório inferior com a unção do Espírito Santo. Quando os que congregam na igreja podem sair de olhos secos, sem sentir a presença de Deus, sem sentir o compungimento do Espírito por causa dos seus pecados, o tempo na igreja foi um desperdício.

            Como disse um pregador de décadas atrás; "Quando há fogo no púlpito, haverá fumaça nos bancos." Que os ministros da Palavra compreendem seu papel na Igreja, sua responsabilidade diante de Deus, e começam buscar a Deus até receber uma verdadeira unção Dele para pregar as mensagens que Ele lhes concede a transmitir! Assim, cortando o supérfluo dos cultos, dando tempo suficiente para pregar mensagens ungidas pelo Espírito Santo, começaremos ver o despertamento e avivamento que Deus quer dar nestes últimos dias da Igreja na terra.

Philip D. Walmer