DominĂ¢ncia
O crente é frequentemente acusado por pessoas não cristãs de ser dominado pela Igreja e os ensinamentos da Bíblia, alegando que a opção de não fazer parte da Igreja as faz livres para fazer tudo que querem. Pode ser que são livres para fazer o que querem, livres para deixar sua vida libidinosa ditar as regras de comportamento, mas não compreendam que esta suposta liberdade é realmente uma prisão que resultará na perda da alma. Salomão entendeu perfeitamente este princípio quando escreveu: "Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte." (Provérbios 14:12) Salomão disse que o caminho só parece direito. Parece! Ah! Aquele caminho é gostoso, excitante, e agrada a toda concupiscência da carne e dos olhos. Mas, cuidado! Qual é o fim desta história? Não pode ser apenas que o caminho seja bom, gostoso e satisfazível, mas o fim também tem que ser de igual prazer. Eis o problema, pois a vida vivida somente para gratificar os desejos da carne há de terminar no mais terrível desapontamento.
O apóstolo Paulo entendeu perfeitamente que não podia ceder para os desejos da carne, nem procurar o caminho que parecia mais fácil. Veja só o que ele fez com sua carne e o tratamento ao qual submeteu seus desejos carnais: "Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado." (I Coríntios 9:27) Pelo jeito ele não deixou sua carne dominar ou ditar as regras de viver, mas a reduz à escravidão para poder ganhar o conhecimento excelente de Cristo que conduz a vida eterna. "Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo." (Filipenses 3:8)
Ao contrário da maioria de hoje, em vez de dar grande valor para os prazeres da carne, Paulo os considerou como lixo, trastes e refugo para serem jogados fora e descartados definitivamente da vida. O problema é de como conseguir esta façanha. Ao contrário da opinião da grande maioria, o jejum não é uma punição do corpo numa tentativa de convencer Deus para responder uma oração ou conceder alguma bênção. Em vez disto é negar o corpo até do necessário alimento para provar a dominância do Espírito sobre a carne. É por meio disto que cada pessoa consegue provar para si mesmo que o Espírito domina sobre a carne, e que tem a dominância na vida.
Não esquece que Jesus, filho do homem, deixou exemplo que a dominância sobre a carne vem depois do jejum, e que o poder para vencer o inimigo é adquirido na crucificação da carne. (Mateus 4:1-11) Paulo achou que não foi fácil dominar a carne com suas concupiscências, de modo que ele não dava lugar para as paixões da carne: "em trabalhos e fadigas, em vigílias, muitas vezes; em fome e sede, em jejuns, muitas vezes..." (II Coríntios 11:27) Pratique estas obras para herdar com Paulo a vida eterna!
Philip D. Walmer
Pensamento do Dia: "O segredo da saúde mental e corporal está em não se lamentar pelo passado... não se preocupar com o futuro..., nem se adiantar aos problemas..., mas viver sábia e seriamente o presente."(Buda)