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Um Povo Peculiar - 3

 

Número 3

 

"Vós, porém, sois raça eleita [peculiar], sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele [Jesus Cristo] que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz..." (I Pedro 2:9)

O que Deus nos chamou para ser é bem mais maravilhoso do que a maioria dos que se chamam crente pensam. Não, não falei que Ele é bem melhor que o mundano pensa, pois estes não têm a mínima noção das bênçãos que Deus dá e quer derramar sobre todos que O servem. Falei dos crentes que em sua maioria também não conhecem bem as bênçãos maravilhosas que Deus deseja derramar sobre todos eles. Por que? A resposta é simples, até demais. Eles simplesmente não se entregam totalmente a Deus, preferindo ficar agarrados com algumas coisas da velha vida, alguns hábitos e costumes do mundo, bem como certos divertimentos mundanos que os mantêm presos ao mundo, fazendo com que Deus fica impedido de os abençoar largamente, e assim violar Seus próprios princípios. Cada crente precisa entender perfeitamente que Deus quer um povo exclusivo Seu, e não um povo misturado ainda com o mundo corrompido pelo pecado.

Nosso texto chama este povo uma "raça eleita". Eleita por quem? Deus. Será que Este que nos elegeu para ser filhos Seus não tem direito de determinar o estilo de vida que devemos viver? Se você adotasse um filho é claro que você ditaria as regras pelas quais este filho vivesse dentro do seu lar, apesar de ser adotado. Como é, então, que hoje muitos crentes querem viver de acordo com seus próprios princípios, ignorando as regras estabelecidas por Deus?

O texto ainda declara que somos um "sacerdócio real". Quem é sacerdote tem que viver uma vida exemplar, e sempre acima do povo que ele serve. Todos que foram adotados por Deus, salvos, perdoados, lavados e transformados por Ele, têm uma obrigação de viver uma vida além do mundo, acima da degradação do mundo, mas infelizmente existem um número surpreendente de ditos crentes que ainda praticam tudo que o mundo oferece. Estes não são peculiares e exclusivos para Deus.

Ainda encontramos a verdade que devemos ser uma "nação santa". Esta santidade não é de acordo com a definição de algum religioso moderno que anda dizendo que Deus não importa com isso, aquilo ou outra coisa do qual ele mesmo quer participar e praticar. A santidade é o que sempre foi, algo que Deus determina, e quem não alcança o que Ele determina a ser santidade simplesmente não participará das bênçãos que Deus promete para Seus fiéis.

Finalmente o texto determina que o dever de todos é de proclamar "as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz..." Não receio dizer que aquele que comete adultério, que usa linguagem torpe, que mente, que se embriaga, que estraga seu corpo com tabaco e outras drogas, que rouba, que engana e comete qualquer outra coisa semelhante, não está proclamando, nem demonstrando as virtudes de Jesus Cristo que nos chamou das trevas destas coisas para andar na luz da verdade de Deus.

Philip D. Walmer