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Minha Mãe

Você foi aquela cujo coração pulsou de amor por mim em primeiro lugar.

Você foi quem me apresentou a melhor companhia, o riso, o canto ao adormecer, e o amor.

Você dirigiu os meus primeiros passos.

Você me ajudava a levantar, quando caía e me encorajou a pisar firme neste mundo de volubilidade e inclinações más, o qual subitamente se ergueu para encontrar-me com toda a sua confusão e fadiga.

Você me enxugou as lágrimas, beijou o lugar onde sentia dor, acalmou-me nas horas de temor e confortou-me em todas as minhas tristezas.

Você me ensinou a cantar e a rir e a conhecer a bondade, quando a via praticado.

Você me ensinou a ver tudo quanto de belo me rodeia no beijo do orvalho, na rosa e no pinheiro  coberto de neve, no céu estrelado e na gloriosa sinfonia do entardecer e, se bem nunca o tenha imaginado, nos seus olhos, onde a ternura brilha com esplendor eterno...

Você me ensinou a ver o arco-íris que temporariamente vem residir em nossas lágrimas.

Você me ensinou a ver as estrelas que brilham unicamente quando a noites nos surpreendem.

Você me ensinou o significado da bondade e me ensinou também a ver como o amor transforma pequeninas coisas em maravilhas jamais sonhadas, e aquilo que é comum, em realidades grandiosas, a brilhar sem esmaecer através dos anos...

Você me ensinou a andar sem temor pelo caminho silencioso onde só se ouve a voz do espírito.

Você me ensinou a ver quão sublime é o resplendor da fé que repousa na religião verdadeira, pela qual o caminho pode ser iluminado. E era muito pequenino ainda quando você mostrou a sublimidade de um rosto voltado para Deus...

Você me ensinou a orar e me inspirou de tal modo que pude elevar o meu olhar, tirando-o da terra e erguendo-o até o céu.

Você me ajudou a descobrir o que é mais precioso do que a argila, a terra e o ouro, que só neste mundo tem valor, e valor relativo...

Você me dotou de tal modo que jamais poderei retribuir-lhe a não ser que eu também consiga acender luzinhas poderosas nos espíritos em trevas, devido às desilusões e às derrotas, e a ajudar os necessitados e aflitos e os que vivem em solidão, partilhando desta bondade que você me concedeu.

Você é Minha Mãe!