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O Jovem Incomparável

"Para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra." (Filipenses 2:10)

Agostinho costuma afirmar que "Cristo jamais será exaltado, a menos que ele seja acima de tudo". E o his­toriador racionalista Ernest Renan foi levado a confes­sar: "Realmente, quaisquer que sejam as surpresas da História, Jesus nunca será excedido!"

Alexandre Magno, rei da Macedônia, viveu cerca de três séculos e meio antes de Jesus, e conquistou o mun­do, criando um império colossal. Do ponto de vista his­tórico, ele e Jesus tiveram muitas coisas em comum, a despeito de existirem contrastes marcantes entre os dois eminentes personagens. Assim é que, "como as pirâmides do Egito levantam, dominando as vastas planícies areno­sas do deserto, assim Cristo se eleva acima de todos os elementos humanos e fundadores de seitas e religiões".

Com efeito, Alexandre e Jesus começaram as suas car­reiras muito jovens, e ambos a encerraram prematuramente com a idade de trinta e três anos. Alexandre nasceu em um palácio; Jesus, em uma manjedoura. Alexandre era fi­lho de imperador; Jesus, de um carpinteiro. Alexandre morreu venerado como rei, em um trono; Jesus morreu como um rei escarnecido, em uma cruz infame.

A vida de Alexandre foi sempre prazerosa e bafejada por inúmeros sucessos; a vida de Jesus projeta-se como um sombrio malogro. Alexandre derramou o sangue de mi­lhões de criaturas indefesas, a fim de atender a seus desígnios ambiciosos e repugnantes: Jesus derramou o próprio sangue pela salvação de milhões.

Alexandre morreu na Babilônia, cercado de pompa e es­plendor; Jesus morreu no Calvário, apupado pela execra­ção e ignomínia das turbas ululantes. Alexandre conquis­tou todos os tronos; Jesus conquistou todos os túmulos. Alexandre escravizou incontáveis seres humanos; Jesus a todos os libertou. Alexandre fez a história; Jesus a transformou.

Sim, a figura excelsa de Jesus permanece inabalável entre os homens, como uma destacada personalidade, impar e inexcedível! Ele é único e, como disse o reformador Martinho Lutero, "em sua vida, Jesus foi um exemplo edi­ficante, que nos traçou normas salutares de conduta; em sua morte, um sacrifício propiciatório pelos nossos pe­cados; em sua ressurreição um conquistador; em sua ascenção, um rei; em sua intercessão, um Sumo-sacerdote!"