Uma ovelha caminhava desatenciosamente e, de repente, caiu num buraco. Lá no fundo havia uma poça de lama, desesperada, começou a gritar pedindo socorro. A pobre ovelha, inconformada com a situação, procurava todas as maneiras para sair daquele buraco onde havia caído. Ora pulava e tentava agarrar-se a pequenos galhos, ora usava os dentes e as patas fazendo todo o esforço possível para livrar-se. Porém, tudo em vão. Enquanto pensava que ali não era ambiente para ela, concluía que a total falta de atenção e tremenda displicência no caminhar levou-a a chegar naquele ponto: dentro dum buraco e numa poça de lama. Se conseguisse sair - dizia - teria, daí em diante, mais cuidado com os seus passos e manteria os olhos bem abertos e vigilantes. Que situação horrível a da ovelha! Estava ela esforçando-se para sair quando no mesmo buraco caiu um porco. Tão logo sentiu a lama, gritou de alegria e prazer e deitou, rolou, numa mistura de satisfação, divertimento e felicidade. Diante daquele quadro, a ovelha sentiu-se mais enojada com a sua situação e gritava mais alto ainda pedindo socorro.
Esta história retrata a posição de alguns membros de nossas igrejas, que estão agindo de acordo com a ovelha ou com o porco. Alguns, infelizes com suas vidas, distantes de Jesus e da igreja, saudosos, lutam para voltar à estrada real. Por outro lado, há aqueles que numa felicidade passageira, deitam e rolam na lama do pecado. Moral da história: ser ovelha ou ser porco - questão de opção.
Lá estava ela, aflita, desesperada, inconformada com aquela vida. Por sua negligência e desatenção no caminhar, caiu num buraco cheio de lama. Sua consciência pesava. Várias vezes fora advertida que aquele caminho iria levá-la ao buraco lamacento. Mas, apesar dos conselhos, queria provar que poderia passar por ali sem cair. Agora, dentro do buraco, toda suja, descobriu que na verdade não tinha maturidade suficiente para tomar aquela decisão. Se tivesse dado ouvidos aos que eram mais experientes talvez não estivesse ali naquele buraco. Que tristeza! Que desolação! O que estariam pensando os outros ao saberem que ela caiu? - Ora, que é isso?! - argumentou o porco. Você vai ficar preocupada com o que os outros dizem? Olha, minha amiga, eu nem ligo! Todos me chamam de porco, sabe? E eu sei que sou: nasci assim e vou morrer assim... Agora, deixe de ser boba! Ninguém vem lhe ajudar. Então relaxe e aproveite. Ninguém se incomoda com você... Aliás, para ser porco, não precisa estar necessariamente na lama. Pode ser uma situação de coração. Convencida, a ovelha assumiu. Cansada de gritar, de tentar sair, sentou-se num canto, passou um dedo na lama, depois o outro, depois colocou uma perna, passou um pouco mais na cabeça e viu que não era tão ruim assim. Jogou-se completamente!!
- Come um pouquinho!
- Eu não; nunca comi... É ruim!
- O que é que tem? Não tem nada a ver! Prova um pouco! Come logo!
E ela provou. E comeu. E gostou. E não olhou mais para o alto...
Apesar de acostumar-se com a lama, alguma coisa dentro do coração da ovelha dizia que ali não era o seu lugar. Sempre lhe vinham à mente os ensinamentos preciosos do Salmo 1, do Sermão do Monte, dos Apóstolos, das mensagens que ouvia aos domingos. E isto foi transformando a sua vida. Reconheceu que dentro do buraco não havia liberdade. Arrependida, ajoelhou-se e, meio sem jeito, fez uma oração: "Pai - se é que ainda posso Te chamar assim - reconheço que pequei. Por favor, me tira daqui!".
Então ouviu uma voz que vinha do alto (e ela lembrou que há muito tempo não olhava para cima): "Aquele que vem a Mim, de maneira nenhuma o lançarei fora, pois Eu vim buscar e salvar o que se havia perdido".