Realização de Cultos
I. Devemos Fazer um Eletrocardiograma de Nossos Cultos.
A. O culto é uma linha reta? Se é, é morto. (Um eletrocardiograma de uma pessoa que produz uma linha reta indica que a pessoa morreu.)
B. O culto deve ser uma progressão, com pontos altos, umas descidas, mas outros altos, mas sempre em ascensão, tendo cada ponto mais alto do que o anterior.
II. O Culto É Muito Importante no Trabalho da Igreja.
A. Deve ser a obra prima da igreja.
B. Não é um show ou um lugar para alguns se exibirem, nem o pastor, testemunhas, cantores, músicos e etc.
C. É um trabalho muito sério. A salvação de almas muitas vezes depende do culto que realiza.
D. Deve ser um lugar de edificação, de fé e encorajamento; e não de xingões, desabafos, expressões de incredulidade e desânimo em geral.
III. As Lideranças dos Cultos.
A. Devem ser pessoas espirituais que assim têm a qualidade de liderar espiritualmente. Ninguém pode levantar outra pessoa espiritualmente mais alto do que ele mesmo se encontra.
B. Devem ser pessoas que se destacam como líderes em outras áreas da vida.
C. Devem ser pessoas fiéis na frequência aos cultos apesar de estarem sendo usadas na liderança ou não, fiéis nos seus dízimos e ofertas, caso não forem, se torna claro que há interesse pessoal de estar na frente e que falta desejo de realmente fortalecer a igreja. Elas devem ser fiéis na oração, e esta fidelidade não deve ser determinado apenas na frequêmcia física, pois pode ser sentido durante a atuação da pessoa num culto e por observar quando não está na frente do trabalho. Devem ser pessoas dirigidas pelo Espírito Santo, isto também se torna óbvio quando estão à frente de um culto, bem como as decisões que tomam no dia a dia na vida secular e espiritual.
D. Devem ser pessoas preparadas para atuar bem na área para qual foram selecionadas a atuar (pregar, cantar, testemunhar ou etc.).
E. Devem ser pessoas que chegam cedo para os cultos, caso estejam escaladas, ou não, para fazer parte da liderança do culto, sendo sempre consistentes.
F. Nunca deve selecionar pessoas para cargos nestas áreas de liderança que não são fiéis. Ocupar cargo para fazer a pessoa fiel por um pouco de tempo é perda de tempo, pois mais tarde ou mais cedo elas normalmente desapontam. O pastor que assim faz está sempre mau assessorado, sempre sem pessoas nas quais pode confiar completamente e para a igreja falta a consistência de liderança. Confiar em pessoas que não provaram sua fidelidade antes de serem escolhidas para atuar na liderança é semelhante a um coxo com bengala cheia de cupim.
G. Ser escolhido para servir numa posição de liderança da igreja deve de ser por causa da fidelidade e não uma tentativa de fazer a pessoa fiel.
IV. A Responsabilidade do Ministro e Seus Auxiliares
A. Estabelecer um alvo para o culto.
1. Aonde quer chegar?
2. O que quer que acontece?
3. Se não tiver um alvo, o líider não saberá se é ou não é sucedido no trabalho. O estabelecimento do alvo deve ser consistente com a Palavra de Deus e resultado de oração e jejum.
V. Partes do Culto:
♦ Aberturas
♦ Anúncios
♦ Canções Especiais
♦ Chamada para o altar
♦ Leitura da Palavra
♦ Ministério da Palavra (Pregação)
♦ Música e Cânticos
♦ Oferta
♦ Oração geral no culto
♦ Testemunhos
Estabelece uma ordem mais ou menos para as partes acima acontecerem para que seja possível chegar ao alvo preestabelecido.
VI. Abertura
A. Isto é apenas um mata-tempo para deixar o povo chegar e se acomodar ou uma parte integral do culto? A abertura do culto pode ser o que estabelece o clima, tom e direção do culto. É muito importante e não deve ser desprezada ou tratada como parte de pouca importância no trabalho geral do culto. O sucesso do culto pode muito bem ser determinado nestes primeiros minutos de abertura.
B. A abertura do culto pode consistir de um corinho, oração e uma leitura bíblica.
VII. Música e Cânticos
A. Os músicos e cantores devem de ser pessoas de oração e ungidas pelo Espírito Santo para exercer este trabalho importante na igreja. Se orarem com sinceridade, pedindo a direção de Deus, o que fazem encaixará perfeitamente com o resto do culto, inclusive a pregação da Palavra, sem saber previamente os demais planos do pastor e outros líderes.
B. O nível da música deve de ser tal que a letra dos corinhos pode ser perfeitamente entendida. Há demais incidentes onde os músicos promovem si mesmos, e dão a entender que estão procurando copiar famosos músicos do mundo. Exemplos disto, infelizmente, encontram-se em sites sociais como o YouTube. É uma vergonha para igreja quando estas coisas acontecem. Este tipo de atuação não é louvor, mas puro exibicionismo, que não traz nenhuma glória a Deus e duvido que Deus aceita como louvor ou adoração a Ele, pois é uma oferta demasiadamente semelhante a do mundo do qual Ele deseja que a igreja se afasta. O estilo de música usado na igreja deve de ser realmente sacra, que contém palavras de verdadeiro louvor ao ser de Deus, e que conduz à adoração que é diferente e mais profundo que o louvor. Quando o estilo de música da igreja aproxima-se ao estilo do mundo a tendência não é de atrair e trazer jovens do mundo para a igreja, mas o inverso, isto é de levar os jovens da igreja para o mundo, pois na mente deles não há grande diferença, pois a batida é a mesma e a letra frequentemente incompreensível. Isto pode ser claramente exemplificado pelo fato que muitos jovens gostam profundamente de músicas em inglês e outras línguas, todavia não entendem nada que a letra insinua. Davi, considerado a ser homem segundo o coração de Deus, escreveu dezenas de Salmos, que eram os cânticos que o povo de Deus usava para cultuar a Deus. Estes Salmos podem servir como exemplos do conteúdo dos cânticos que o povo de Deus usa no dia de hoje.
C. O tempo para este tipo de louvor deve ser limitado. Cantar demais fadiga. Se o dirigente não tem promovido um bom nível de louvor com 4 ou 5 corinhos, normalmente não adianta cantar mais. Se este dirigente for uma pessoa de oração sincera, e não apenas alguns minutos antes do culto, mas diariamente, terá a direção do Espírito Santo e será sensível ao que o Espírito deseja fazer no culto.
D. O dirigente deste louvor deve ser especialmente sensível ao Espírito Santo para poder elevar a congregação até a presença do Senhor, onde cada pessoa toca pessoalmente no Senhor e recebe a divina providência de suas necessidades.
VIII. Oração Geral
A. Se o dirigente de louvor tem feito seu trabalho com a direção do Espírito Santo, a congregação estará adorando profundamente na presença do Senhor. Este momento, então, será ideal para realizar esta oração uníssima pelas necessidades de todos presentes, pois já foram elevados até a presença do Senhor através do louvor anterior.
B. Não pode ser apenas o pastor que faça a oração e imposição de mãos sobre os enfermos, mas deve usar homens e mulheres sobre os quais o Espírito Santo paira e que são pessoas fiéis e de oração. Outras pessoas consagradas, além do pastor e ministros credenciados, podem orar a oração de fé e se realizar com respostas claras da parte de Deus. A Palavra de Deus não limita quem tem o direito de orar pelas pessoas necessitadas.
Anotação pessoal: Alguns anos atrás, no curso normal do meu ministério, comecei notar que cada domingo de noite que eu voltava dos cultos absolutamente exausto. Mal tinha energia tomar um lanche pós-culto com a família, antes de cair quase sem forças na cama. Deus, então começou falar comigo mediante minhas orações e fez me lembrar do exemplo de Moisés que procurava ministrar sozinho às multidões dos Israelitas. A fadiga desta atividade era mais do que ele podia aguentar. Nestas alturas seu sogro sugeriu que ele escolhesse outros homens para lhe auxiliar neste trabalho importante. Assim foi escolhido setenta homens sábios para lhe ajudar, tendo somente os casos mais delicados referidos a ele.
Meus pensamentos também foram levados a lembrar o caso da mulher com o fluxo de sangue que tocou em Jesus e foi imediatamente curada. Jesus disse que sentiu virtude sair dele. Este fenômeno acontece com os ministros de Deus hoje. O que é necessário reconhecer é que virtude também flui por meio de nossos corpos quando oramos com fé pelos necessitados. Mas, nossos corpos não podem, por serem de carne fraca e limitada, aguentar esforço demasiado neste sentido.
Ao reconhecer estas verdades escolhi pessoas para me auxiliar. Foi uma grande bênção para mim, pois tinha mais força para pregar a Palavra depois e foi uma bênção para meus auxiliares pois as obras do livro de Atos começaram se realizar no seu ministério, e ao mesmo tempo as vidas das pessoas necessitadas foram enriquecidas ao aprender que não era apenas o pastor com autoridade divina para ministrar assim.
Em determinado domingo, antes do culto, Deus falou comigo para convidar um jovem da igreja para ser uma das pessoas para ministrar na frente. Naquele momento no culto ele acompanhou os demais para assumir seu lugar na frente a espera das pessoas que necessitava a oração. Ao receber o convite ele foi surpreso e um tanto incrédulo. Mas quando ele foi para frente vi que o povo da mesma forma registrou sua incredulidade, pois antes ele tinha sido um jovem um tanto problemático na igreja. Inicialmente ninguém aproximou-se dele para receber oração. Eu coordenava tudo de cima e fiz sinal para algumas pessoas ir receber oração deste jovem. Deus operou, pessoas foram curadas e no domingo seguinte não era mais necessário indicar pessoas para receber oração deste jovem. Hoje ele é ministro credenciado.
C. Prolonga em tempo necessário, mas não em demasia.
D. A congregação deve ser encorajada para também aproveitar este tempo de oração e não ficar apenas como platéia observando as atividades na frente da igreja.
E. Determinar esta oração com um bom corinho de agradecimento e louvor a Deus.
IX. Testemunhos (Oportunidades ou Exortações)
A. Esta área de atuação necessita uma boa dose de sabedoria, pois as pessoas às quais ganham oportunidade para falar podem acrescentar algo positivo ao culto ou fazer um espírito negativo e de incredulidade, e isto as vezes é pouco pois há outras sem habilidade nenhuma para se expressar que só tira o foco da congregação da razão principal do culto.
B. As pessoas que são selecionadas para testemunhar devem ser escolhidas antes do culto para poderem se preparar adequadamente. Neste processo somente pessoas com algo positivo serão selecionadas. Assim o pastor terá certeza de um testemunho das bênçãos de Deus que será positivo ao andamento do culto, em vez de um “tristemunho” que pode derrubar a fé de um visitante.
C. O tempo de falar deve ser bastante limitado. Não hesita de cortar a palavra se a pessoa excede o tempo predeterminado e especialmente se a pessoa não está sendo coerente e está deixando de acrescentar algo de valor ao andamento do culto.
D. As pessoas selecionadas para testemunharem devem entender que é um privilégio, bem como uma grande responsabilidade de ser selecionada, e não ter a idéia de que falar ou testemunhar é um direito adquirido.
E. Deve ser sempre um número bem limitado, pois uma longa procissão de pessoas falando pode e normalmente mata o culto. A excessão disto poderia ser em um culto especial, por exemplo de final de ano, quando o tempo não é limitado e muitos poderiam falar e contar das vitórias alcançadas durante o ano que finda.
F. Uma pessoa que se ofende por não ser chamada para testemunhar não é uma pessoa espiritual e provavelmente não teria sido uma bênção para a igreja. A pessoa que é selecionada para testemunhar deve ser espiritual ao ponto de entender que o pastor, por ser homem de oração é dirigido por Deus e vai acompanhar a direção do Espírito. Anos atrás era meu costume abrir o culto para qualquer um testemunhar do banco da igreja. Estava a fim de fazer isto um domingo de noite quando senti impedido pelo o Espírito. Após o culto alguns me dizeram que uma senhora ficou muito irada comigo, pois queria testemunhar. Contou aos jovens que naquela semana de inverno frio perdeu um pé de meia. Não podendo achar orou a Deus pedindo Sua direção. Ela queria dizer que Deus a guiou e pela sua felicidade achou o pé de meia debaixo do penico. Bem, se eu não tivesse cortado os testemunhos aquela noite, esta senhora teria acabado com o culto.
G. É póssivel que tenha uma pessoa na igreja que poderia de vez em quando exortar a igreja. Estuda bem o que significa a palavra exortar. Não é xingar nem procurar fazer o que o pastor, na opinião desta pessoa não está fazendo. A exortação deve partir da Palavra de Deus. Deve de ter o efeito de elevar o povo espiritualmente de acrescentar algo de grande valor. Esta pessoa, obviamente, tem que ser uma pessoa espiritual, fiel em tudo e de boa aceitação no meio dos irmãos. Esta pessoa deve de ser instruída pelo pastor no sentido de explicar o que é uma exortação. Talvez necessita posteriormente mais instruções, mas o pastor não deve esquecer de elogiar quando a exortação é o que a igreja precisava.
X. Oferta
A. A oferta não pode ser levantada ou tirada. Pela definição da palavra, é algo dado volutariamente e portanto precisa ser recebida. Se for tirada, é cobrança e ninguém dá com alegria quando é uma cobrança, quanto é exigida ou as pessoas pressionadas a dar ou passar vergonha. Que ela sempre seja uma “oferta”.
B. O receber da oferta deve fazer parte de nosso louvor e agradecimento a Deus. Nunca deve ser algo feito no final do culto, meio como apologia. O povo tem que entender que dizimar e ofertar é algo bíblico e que feito com prazer e alegria trará as bênçãos de Deus sobre o dizimista ou ofertante. O pastor deve ter a coragem de ensinar os princípios desta ação, assim ele leva sua congregação ao um nível de bênção nunca antes alcançado. O receber das contribuiçãoes do povo deve fluir como parte integrar do culto.
C. A não ser por razão de um projeto especial de evangelização, estabelecimento de uma nova congregação, edificação de um novo templo ou coisa semelhante, este tempo no culto não deve ser prolongado. Pessoalmente eu gostava de pedir o povo para trazer suas contribuições para a frente e os depositar num recepiente especial. Nestes momentos eu descia do meu lugar e cumprimentava as pessoas. Foram momentos de grande alegria para mim e para os contribuintes.
XI. Anúncios
A. O culto agora está normalmente num dos seus pontos baixos e encaixa bem fazer os anúncios.
B. Os anúncios devem ser curtos e objetivos a não ser em ocasiões especiais.
C. Não é algo para apenas preencher tempo. Se não tiver visitantes, anunciar os cultos normais é perda de tempo, pois todos sabem antemão os dias e noites de culto.
D. Um boletim impresso semanalmente com uma mensagem por escrito do pastor e um lista dos trabalhos (cultos) pode até eliminar a necessidade de fazer anúncios, a não ser um anúncio de natureza especial.
E. Projetando os anúncios durante o recebimento da oferta por retro-projetor ou um projetor de LCD (data-show) tem quase o mesmo efeito sem perda de tempo e sem interromper o fluir do culto.
XII. Cânticos Especiais (Um ou mais dependendo de tempo)
A. Mais uma vez, como nos outros demais casos, as pessoas para atuarem como cantores e músicos devem ser pessoas espirituais, isto é, pessoas de oração, fiéis nos cultos e normalmente membros da congregação local. Pessoalmente não admito pessoas que faz visitas esporádicas a igreja participar dos cultos neste sentido. O pastor e outros líderes não tem como verificar as qualificações anteriores e não sabem que espírito poderia estar nestas pessoas. Como no caso de Moisés, o espírito que está nestas pessoas em liderança pode atingir a congregação. Caso for um espírito bom, haverá benifício, mas caso não haverá dano entre o povo de Deus. O pastor tem a obrigação zelar em prol da congregação e a proteger de más influências, e não dobrar-se diante dos apelos de pessoas que querem falar ou cantar apenas para se exibirem. O líder da congregação não deve jamais deixar pessoas tocar, cantar ou falar simplesmente para satisfazer o ego delas, com o intuíto de agradá-las na tentativa de ganhá-las para a igreja.
B. Devem de ser bem ensaiados e tendo acertado o tom do hino com os músicos antes do culto.
C. As pessoas que foram selecionadas antemão para cantar devem sentar bem na frente da igreja ou na plataforma para que não haja uma demora demasiada para assumir o lugar onde cantarão. Uma demora para chegar até a frente pode quebrar o bom espírito e fluir do culto, e impedir o bom efeito da canção enquanto atrapalha os líderes de conduzir a congregação ao ponto alto para todos poderem receber de Deus o que necessitam.
D. Deve ser lembrado que estas canções devem fazer parte do louvor e adoração da congregação, e ainda que a congregação não canta junto acompanha em espírito e se eleva mais na presença de Deus. Estas canções podem ser grandemente usadas por Deus quando partem de pessoas de alto grau espiritual.
E. O cantor selecionado para participar do culto com uma canção especial não deve aproveitar o púlpito para cantar outra ou outras canções, a não ser que isto foi combinado antes do culto.
F. A música que acompanha o cantor deve de ser um acompanhamento e não o destaque da apresentação. A música não pode ser demasiadamente alta em volume que a letra da canção não seja compreendida pelos ouvintes. O importante da canção é a mensagem dela e não a música que a acompanha.
XIII. Pregação da Palavra
A. Tudo que realizou-se antes deste momento era para preparar a congregação para ouvir a Palavra de Deus. Este é o momento principal do culto. É pela pregação que almas pecadoras vem a conhecer sua necessidade de Deus. Mais do que por qualquer outra parte do culto a fé á acrescentada à vida das pessoas, e aumenta de acordo com a promessa da Palavra de Deus que diz que a “...a fé vem pelo ouvir e o ouvir pela Palavra...” (Romanos 10:17)
B. Todos devem sentir a importância da pregação da Palavra , pois é mais importante do que qualquer outra parte do culto.
C. As outras partes apenas prepararam o povo para receber a Palavra.
D. A preparação do ministro para atuar nesta parte do culto é outro estudo bem extenso a ser tratado separadamente.
E. A pregação da Palavra exige preparação por meio da oração, jejum, estudos minuciosos da Palavra e organização do sermão para que seja bem apresentado e que leva o povo ao momento mais importante do culto.
XIV. Chamada para o Altar
A. Nunca deixa de fazer um apelo para o povo apresentar-se diante do altar de Deus, para O buscar e começar por em prática o que ouviu na mensagem. Quando estava ainda estudando no seminário acompanhei um grupo de alunos que saiu para realizar alguns cultos especiais em igrejas na região. Caiu para mim pregar no culto de domingo de noite. Com a falta de experiência o culto se prolongou e eu preguei por tempo demais. No final da mensagem resolvi encerrar o culto sem um apelo para o altar e assim fiz. Mais tarde dentro do carro voltando para o campus do seminária uma das moças que também participava desta viagem evangelística perguntou por que eu não fiz o apelo de praxe. Eu expliquei meu motivo. Ela me deu um corte profundo e fez com que nunca mais evitei de fazer um apelo, por dizer que seu irmão estava no culto aquela noite e estava pronto para entregar sua vida para Deus. O pregador nunca sabe o efeito da sua mensagem se for preparado com o temor de Deus e portanto deve sempre dar oportunidade para alguém se encontrar com Deus diante do altar. Não são poucas vezes ao longo destes cinquenta anos de ministério que fiz o último apelo que um pecador ouviu e rejeitou, pois antes de poder estar na presença de Deus outra vez, morreu. Esta chamada (apelo) é de grande importância.
B. Agora é o cúmulo de tudo que foi realizado antes. É o momento de decisão para alguns, o momento para determinar seu destino eterno.
C. Não deve ter um fim formal. Haverá vezes quando o tempo de oração diante do altar é curto, mas haverá outras vezes quando esta oração se estenderá muito. Não são poucas vezes que como pastor permaneci com pessoas até bem além de meia noite. Deus não tem pressa. Há vezes quando a pessoa que orar está com grande luta e precisa de tempo para vencer a batalha. Deixa as pessoas orarem até terminarem.
D. Todos os obreiros da igreja devem estar presentes para orar junto com as pessoas, bem como orar pelas pessoas com imposição de mãos e aconselhá-las com palavras de encorajamento e bom ânimo.
E. Este trabalho de altar é um trabalho especial e importante. Já comecei escrever um livro no qual trato as muitas facetas variadas deste trabalho.
Observação: Todos que trabalham com o pastor na direção do culto devem estar sempre, sim sempre, em pleno acordo com a direção que o pastor dá para a igreja e o culto. Ao contrário, a pessoa em desacordo, deve se afastar da sua função ou ser cortada da equipe que dirige o culto para não criar divergências que impedirão a igreja chegar a cumprir sua missão. Os líderes estão reunidos para dirigir um culto no qual o alvo é para cultuar a Deus, procurar encorajar e firmar os membros no caminho de salvação, enquanto procuram ganhar novas pessoas para Deus.
Philip D. Walmer