Discipulado

O teste de discipulado era quem podia suportar a cruz. Jesus lançou o desafio: “Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; quem perder a vida por minha causa, esse a salvará." (Lucas 9:23-24)

Em tantas palavras, Ele estava dizendo: "Se você vai ser meu discípulo, tome a sua cruz."

Carregar a cruz não é o tema mais popular. Por uma questão de fato, ouvimos sermões muito pouco hoje em carregar a cruz, mas uma coroa é dada como resultado de carregar a cruz.

Paulo escreveu a Timóteo: "Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda." (II Timóteo 4:7-8)

Eu combati. Eu completei. Eu guardei. Mas então havia a coroa.

Jesus não procurou atrair os homens, apelando a eles com glamour ou grandeza. Ele não escondia o jogo, mas falava diretamente acerca da cruz. Uma pessoa só viu a glória: a mãe de Tiago e João, filhos de Zebedeu. Ela pediu a Jesus se os seus dois filhos pudessem sentarem-se em cada lado dele, um à direita e outro à esquerda. É claro que ela não entendia. Ela pensou que Ele veio para a terra para estabelecer imediatamente o Seu reino.

"Mas Jesus lhes disse: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu bebo ou receber o batismo com que eu sou batizado? Disseram-lhe: Podemos." (Marcos 10:38-39) Quando eles responderam: "Podemos", eles não tinham a menor idéia da duração da sua viagem e as dificuldades que eles teriam que enfrentar.

Às vezes, eu encontrei a atitude a seguir no movimento pentecostal: Precisamos sentir bem o tempo todo, as coisas devem sempre seguir conforme nós queremos, e as bênçãos de Deus deveriam fluir continuamente de uma imaginária torneira do céu.

Foi assim na vida de Paulo, o grande apóstolo? Ele foi apedrejado. Ele foi espancado. Ele foi preso, tudo porque ele era um discípulo de Jesus Cristo. "Cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de açoites menos um; fui três vezes fustigado com varas; uma vez, apedrejado; em naufrágio, três vezes; uma noite e um dia passei na voragem do mar; em jornadas, muitas vezes; em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos entre patrícios, em perigos entre gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos; em trabalhos e fadigas, em vigílias, muitas vezes; em fome e sede, em jejuns, muitas vezes; em frio e nudez. Além das coisas exteriores, há o que pesa sobre mim diariamente, a preocupação com todas as igrejas." (II Coríntios 11:24-28)

Apesar dos perigos que enfrentou, Paulo sempre teve um olho na glória eterna: "Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos”... Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação,não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas." (II Coríntios 4:8-9, 17-18)

Não vivemos só para o presente, mas vivemos com esperança pela alegria eterna. Toda a vida de Paulo foi centrada em seu amor por Cristo: "Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor." (Romanos 8:35-39)

Paulo, como um discípulo, pareceu entender que ele teria dificuldades e tribulações. Cristo nunca disse que seria um caminho fácil, mas Ele disse: “E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século." (Mateus 28:20) Jesus disse ainda mais com certeza absoluta: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” (João 16:33)

Não somente os apóstolos, mas também os nossos pais fundadores deste grande movimento no início de 1900 demonstraram o verdadeiro discipulado. Eles sofreram muito, foram rejeitados de homens, foram chamados de hereges, e rotulados falsamente por seu amor da mensagem do único Deus e por exaltar o nome maravilhoso do Senhor Jesus.

Muitos parecem estar reclamando por não serem aceitos por pessoas de outras religiões de nossos dias, mas verdadeiros discípulos não reclamarão. Eles suportarão sua cruz de boa vontade com alegria. Este é o dia para tomar a cruz de Jesus Cristo e evangelizar o mundo com Sua doutrina, não importando quais as dificuldades que estão diante de nós, avançando com o reavivamento em nossos corações e alegria na coroa eterna da justiça que um dia será nossa.

Keneth F. Haney

The Pentecostal Herald, junho 2004


Discipulado O teste de discipulado era quem podia suportar a cruz. Jesus lançou o desafio: “Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; quem perder a vida por minha causa, esse a salvará." (Lucas 9:23-24) Em tantas palavras, Ele estava dizendo: "Se você vai ser meu discípulo, tome a sua cruz." Carregar a cruz não é o tema mais popular. Por uma questão de fato, ouvimos sermões muito pouco hoje em carregar a cruz, mas uma coroa é dada como resultado de carregar a cruz. Paulo escreveu a Timóteo: "Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda." (II Timóteo 4:7-8) Eu combati. Eu completei. Eu guardei. Mas então havia a coroa. Jesus não procurou atrair os homens, apelando a eles com glamour ou grandeza. Ele não escondia o jogo, mas falava diretamente acerca da cruz. Uma pessoa só viu a glória: a mãe de Tiago e João, filhos de Zebedeu. Ela pediu a Jesus se os seus dois filhos pudessem sentarem-se em cada lado dele, um à direita e outro à esquerda. É claro que ela não entendia. Ela pensou que Ele veio para a terra para estabelecer imediatamente o Seu reino. "Mas Jesus lhes disse: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu bebo ou receber o batismo com que eu sou batizado? Disseram-lhe: Podemos." (Marcos 10:38-39) Quando eles responderam: "Podemos", eles não tinham a menor idéia da duração da sua viagem e as dificuldades que eles teriam que enfrentar. Às vezes, eu encontrei a atitude a seguir no movimento pentecostal: Precisamos sentir bem o tempo todo, as coisas devem sempre seguir conforme nós queremos, e as bênçãos de Deus deveriam fluir continuamente de uma imaginária torneira do céu. Foi assim na vida de Paulo, o grande apóstolo? Ele foi apedrejado. Ele foi espancado. Ele foi preso, tudo porque ele era um discípulo de Jesus Cristo. "Cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de açoites menos um; fui três vezes fustigado com varas; uma vez, apedrejado; em naufrágio, três vezes; uma noite e um dia passei na voragem do mar; em jornadas, muitas vezes; em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos entre patrícios, em perigos entre gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos; em trabalhos e fadigas, em vigílias, muitas vezes; em fome e sede, em jejuns, muitas vezes; em frio e nudez. Além das coisas exteriores, há o que pesa sobre mim diariamente, a preocupação com todas as igrejas." (II Coríntios 11:24-28) Apesar dos perigos que enfrentou, Paulo sempre teve um olho na glória eterna: "Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos”... Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação,não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas." (II Coríntios 4:8-9, 17-18) Não vivemos só para o presente, mas vivemos com esperança pela alegria eterna. Toda a vida de Paulo foi centrada em seu amor por Cristo: "Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor." (Romanos 8:35-39) Paulo, como um discípulo, pareceu entender que ele teria dificuldades e tribulações. Cristo nunca disse que seria um caminho fácil, mas Ele disse: “E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século." (Mateus 28:20) Jesus disse ainda mais com certeza absoluta: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” (João 16:33) Não somente os apóstolos, mas também os nossos pais fundadores deste grande movimento no início de 1900 demonstraram o verdadeiro discipulado. Eles sofreram muito, foram rejeitados de homens, foram chamados de hereges, e rotulados falsamente por seu amor da mensagem do único Deus e por exaltar o nome maravilhoso do Senhor Jesus. Muitos parecem estar reclamando por não serem aceitos por pessoas de outras religiões de nossos dias, mas verdadeiros discípulos não reclamarão. Eles suportarão sua cruz de boa vontade com alegria. Este é o dia para tomar a cruz de Jesus Cristo e evangelizar o mundo com Sua doutrina, não importando quais as dificuldades que estão diante de nós, avançando com o reavivamento em nossos corações e alegria na coroa eterna da justiça que um dia será nossa. Keneth F. Haney The Pentecostal Herald, junho 2004