Fracasso, Por Que?
Com uma frequência demasiada, tomo conhecimento de pessoas sofrendo dificuldades de servir a Deus e ser fiel a Ele e sua própria fé. Isto não deve ocorrer, pois Jesus disse aos seus discípulos no momento de Sua despedida: “E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.” (Mateus 28:20) Estas palavras devem ser de grande consolação para qualquer que seja o cristão sofrendo de alguma forma em sua caminhada com o Senhor.
No entanto, com tristeza noto que um desânimo generalizado de alma frequentemente leva pessoas a desistir definitivamente desta caminhada para a Glória, onde poderão habitar com Jesus na Nova Jerusalém. Isto não deve jamais ocorrer, pois trata-se de algo que afeta a almejada esperança de algo melhor após o final desta vida terrestre.
Ao considerar os fatos abordados acima, bem como comparar vencedores com perdedores, descobri um fator que pode ser de grande impacto ou quem sabe o fator que mais afeta os ganhadores e perdedores. Qual é este fator tão importante e relevante na vida do cristão? Chama-se determinação. Não desiste de continuar a leitura, permitindo que eu lhe levo para a Palavra de Deus para descobrir o segredo de sucesso ou fracasso.
Josué foi escolhido por Deus para guiar Israel na conquista da Terra Prometida. Ele atravessou batalhas, e anos de luta em prol do povo de Deus. Chegando ao fim de sua vida, ele viu algo assustador; o povo estava começando esquecer o Senhor, quem havia lhe dado tantas vitórias maravilhosas. Em Josué 23, este grande e fiel líder exortou o povo para não esquecer a fonte de suas bênçãos e vitórias e conclama ao povo para observar a lei do Senhor. Em Josué 24:15 ele chama o povo para tomar uma decisão acerca de quem se tornaria o Deus dele. Ele finaliza este versículo com estas palavras de determinação: “... porém, eu e a minha casa serviremos ao Senhor”. A decisão do povo jamais determinaria a decisão dele e de sua família. Ele estava resoluto, firme em seu projeto e desígnio, ousado e decidido. Pessoas assim são os vencedores, aquelas que farão da Cidade Celestial a sua morada eterna, e não os volúveis que mudam sua opinião de acordo com as circunstâncias da vida. Pobres, eles necessitam de Deus. Porém, uma vez abastadas, parece que não necessitam mais Dele. Doentes, pleiteiam junto a Deus pela cura. Tendo recebido a almejada cura, parece que as leis Dele só incomodam. Parece que a constância no servir a Deus é desconhecida ou abandonada quando a pessoa não tem mais necessidade.
É muito fácil regozijar com Daniel na sua grande vitória sobre o rei, sua lei e os leões da cova, pois conhecemos o final da história. Daniel, no entanto, não teve qualquer promessa que sairia com vida da cova. Mas, esta falta de segurança não fez parte da sua cogitação se iria ou não continuar com suas orações. Ele não servia a Deus apenas por causa dos benefícios, mas por que era o certo, o que era esperado dele.
Quando Daniel e seus três amigos determinaram não comer das finas iguarias do rei, previamente oferecidas aos ídolos, eles colocaram suas vidas em grande perigo de morte ao rejeitar o que foi preparado especialmente para eles. Porém, eles jamais iriam comprometer sua fé e negar o Senhor Deus que serviam para agradar ao rei e seus servos. Sabemos que sua decisão deu certo, mas eles não sabiam nada acerca do resultado de sua decisão antemão.
Quando eles foram ordenados, sim, ordenados com pena de morte, para dobrar os joelhos e adorar a imagem do rei, eles recusaram, preferindo morrer dentro da fornalha de fogo do que negar Seu Deus. (Daniel 3:1-30) É triste hoje ver pessoas negar a Deus por causa do vestir, falar e se comportar, pois têm medo. Medo de que? Críticas? Rejeição? Meras palavras? Certamente, não foram ameaçados com uma fornalha de fogo, com uma cova cheia de leões famintos, prisão ou uma cruz. No entanto, cedem diante de tão pouca coisa, coisas sem importância, algumas palavras, algumas atitudes de colegas. Estas coisas realmente importam?
Posso responder facilmente à última pergunta. Sim, importam para quem não teve uma revelação de Jesus, como João o Amado na Ilha de Patmos. (Apocalipse 1:9-18; Mateus 17:2-4) Importam para quem não leu ou esqueceu a discrição da Nova Jerusalém. (Apocalipse 21) Importam para quem acha que esta vida é tudo e que não haverá mais nada além deste mundo e sua sensualidade. (II Timóteo 4:10; I Tessalonicenses 4:16-18)
Concluo este artigo que trata da importância de ser fiel a Deus durante toda a vida, ser constante, ser “como árvore plantada junto a corrente de águas” (Salmos 1:3), temer a Deus (Eclesiastes 12:13-14) e “si mesmo guardar-se incontaminado do mundo”.
Às sete igrejas da Ásia Deus deu promessas aos vencedores (Apocalipse 2:7, 11, 17, 26, 3:5, 12 e 21), não aos fracos, derrotados, volúveis e quem faz compromisso com o mundo. Sim, é para o vencedor, que todos podem ser, pois quem tem Cristo habitando no seu âmago não tem o que temer da parte do mundo, pois: “... maior é aquele que está em vós e do que aquele que está no mundo.” (I João 4:4)
Não precisa haver fracasso na sua vida. Diga com firmeza: “Eu sou vencedor sobre minha carne”. E, você é, pelo poder do nome de Jesus Cristo. E, não precisa preocupar-se acerca do diabo, pois Jesus já o venceu e à menção do nome de Jesus, ele foge. Reivindica sua vitória, afasta o fracasso de sua vida, pois não há nada a não ser vitória para você.
Philip D. Walmer, Pastor